Com lesão de companheiro de equipe, Wilington
"Pirulito" entra no ataque do Visão Celeste em derrota para o Força e
Luz. Goleiro diz nunca viveu situação como esta
Segunda divisão do Campeonato Potiguar sempre
tem histórias pitorescas. Depois de um enxame de abelhas ter atrasado o início
da partida entre Mossoró EC e Palmeira-RN, foi a vez de um goleiro trocar de
uniforme e atuar como atacante no duelo entre Força e Luz e Visão Celeste.
Wilington "Pirulito" era a única opção no banco de reservas do Visão
- o clube perdeu o prazo para regularizar os jogadores para a estreia na
competição e teve que cortar seis atletas da relação - e precisou ser utilizado
pelo técnico Hélio Florêncio durante a partida disputada na Arena das Dunas, na
tarde desta quarta-feira.
O Força e Luz, com time mais experiente,
abriu 3 a 0 ainda no primeiro tempo, com três gols de Binha. Na segunda etapa,
apesar do desgaste, o Visão foi melhor e diminuiu com Alesson. A situação ficou
mais crítica quando o atacante Elias sentiu lesão - já estava machucado e
entrou no jogo no "sacrifício" - e precisou ser substituído aos 41
minutos. Sem opção, Hélio olhou para Wilington e disse: "vai lá trocar de
roupa". O goleiro correu no vestiário, tirou o uniforme de goleiro e pegou
a camisa 20. Ouviu as orientações do treinador e foi para o jogo. Alto, ficou
plantado no ataque, mas sequer teve a chance de tocar na bola. No final da
partida, apesar da derrota por 3 a 1, teve que dar a sua versão.
- É
uma situação que quase ninguém passa. Essa é a primeira vez que acontece
comigo. Eu tentei ajudar, mas não deu, mas é assim mesmo, temos que estar aqui
para tudo. Estou aí, o que o professor decidir, caso ele precisar que eu jogue
de novo, vou entrar, dar o gás como fiz hoje. Se pintar a oportunidade, estamos
aí para ajudar o time - declarou Wilington.
O técnico Hélio Florêncio lamentou o problema
que o Visão enfrentou com a regularização dos atletas, mas fez questão de
destacar o espírito de grupo de Pirulito.
- Nunca tinha visto algo parecido em toda a
minha carreira. Tivemos esse problema na regularização, que nos deixou só com o
Pirulito no banco. E tivemos que usar o atleta, que teve muito boa vontade, se
dispôs a ajudar e ficamos satisfeitos com isso porque mostra o espírito de
grupo e de determinação do menino - falou o treinador.
Ge.com
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