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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Única opção no banco de reservas, goleiro entra como atacante na 2ª divisão do campeonato Potiguar!

Com lesão de companheiro de equipe, Wilington "Pirulito" entra no ataque do Visão Celeste em derrota para o Força e Luz. Goleiro diz nunca viveu situação como esta
Segunda divisão do Campeonato Potiguar sempre tem histórias pitorescas. Depois de um enxame de abelhas ter atrasado o início da partida entre Mossoró EC e Palmeira-RN, foi a vez de um goleiro trocar de uniforme e atuar como atacante no duelo entre Força e Luz e Visão Celeste. Wilington "Pirulito" era a única opção no banco de reservas do Visão - o clube perdeu o prazo para regularizar os jogadores para a estreia na competição e teve que cortar seis atletas da relação - e precisou ser utilizado pelo técnico Hélio Florêncio durante a partida disputada na Arena das Dunas, na tarde desta quarta-feira.

O Força e Luz, com time mais experiente, abriu 3 a 0 ainda no primeiro tempo, com três gols de Binha. Na segunda etapa, apesar do desgaste, o Visão foi melhor e diminuiu com Alesson. A situação ficou mais crítica quando o atacante Elias sentiu lesão - já estava machucado e entrou no jogo no "sacrifício" - e precisou ser substituído aos 41 minutos. Sem opção, Hélio olhou para Wilington e disse: "vai lá trocar de roupa". O goleiro correu no vestiário, tirou o uniforme de goleiro e pegou a camisa 20. Ouviu as orientações do treinador e foi para o jogo. Alto, ficou plantado no ataque, mas sequer teve a chance de tocar na bola. No final da partida, apesar da derrota por 3 a 1, teve que dar a sua versão.

- É uma situação que quase ninguém passa. Essa é a primeira vez que acontece comigo. Eu tentei ajudar, mas não deu, mas é assim mesmo, temos que estar aqui para tudo. Estou aí, o que o professor decidir, caso ele precisar que eu jogue de novo, vou entrar, dar o gás como fiz hoje. Se pintar a oportunidade, estamos aí para ajudar o time - declarou Wilington.

O técnico Hélio Florêncio lamentou o problema que o Visão enfrentou com a regularização dos atletas, mas fez questão de destacar o espírito de grupo de Pirulito.

- Nunca tinha visto algo parecido em toda a minha carreira. Tivemos esse problema na regularização, que nos deixou só com o Pirulito no banco. E tivemos que usar o atleta, que teve muito boa vontade, se dispôs a ajudar e ficamos satisfeitos com isso porque mostra o espírito de grupo e de determinação do menino - falou o treinador.


Ge.com

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