Duas casas do prefeito de Coari-AM, Igsson
Monteiro do PMDB, foram invadidas e incendiadas, durante protesto de
funcionários públicos que estão com salários atrasados, e também, de
mototaxistas que estariam revoltados com as taxas impostas pelo executivo.
Além da casa do prefeito, os manifestantes
incendiaram a Câmara Municipal, depredaram e saquearam a casa de três
vereadores e jogaram o carro de Igsson no rio Solimões.
O titular da Delegacia Interativa de Coari,
delegado Luis Fernandes, pediu reforço da PM que enviou, por volta das 16h (18h
no horário de Brasília) desta quarta, para a “Terra do Petróleo” cerca de 60
policiais militares do Batalhão de Choque. A situação já está controlada, porém
a polícia não descarta novos ataques por parte dos manifestantes.
De acordo com informações da Polícia Civil,
com informações da Polícia Civil, aproximadamente 400 manifestantes se reuniram
na frente da casa do prefeito para protestar contra a falta de pagamento de
salários que se arrasta desde o mês de agosto. Alguns dos funcionários estariam
sem o décimo salário.
Casas e câmaras foram queimadas pelo povo
revoltado no ultimo dia 14 de janeiro
A
situação saiu do controle e os manifestantes invadiram as duas casas do
prefeito, localizadas no Centro e no bairro Tauamirim, onde destruíram
eletroeletrônicos, móveis, e depois, incendiaram as residências que ficaram
completamente destruídas. Em seguida, eles incendiaram a Câmara Municipal e
saquearam a casa de três vereadores, Igseu, conhecido como Bat (PMDB), que é
presidente da Câmara e irmão do prefeito, além dos vereadores Passarão (PTC) e
Saluciano Junior (PMDB).
Conforme a Polícia Civil, durante a revolta,
um mototaxista foi preso por incitar a violência. Mas ele foi liberado logo em
seguida. O chefe da assessoria de comunicação da Polícia Militar, major Luiz
Navarro, Coari ganhou reforço de policiais militares de cidades próximas e,
também, do Batalhão de Choque. Os policiais deverão permanecer na cidade até
que a situação esteja totalmente controlada.
Atrasos
Um funcionário, que preferiu não se
identificar temendo represálias por parte do prefeito, disse que a maioria dos
funcionários públicos está com o salário atrasado desde o mês de agosto de
2014. Inclusive até o décimo terceiro salário não foi pago pelo chefe do
executivo municipal. “É uma falta de respeito com os funcionários que precisam
sobreviver e pagar suas contas”, frisou.
Coari e escândalos
Coari é conhecida no Amazonas como a “Terra
do Petróleo” por conta da instalação da Petrobras na cidade. Embora seja rica
no gás e petróleo, Coari é manchada pelos crimes ocorridos na cidade como
corrupção e a rede de prostituição infantil, que era comanda pelo ex-prefeito
de Coari, Adail Pinheiro. Este está preso desde fevereiro do ano passado, em um
Batalhão da PM, em Manaus. Adail é suspeito de comandar uma rede de
prostituição que envolvia vítimas com idades de 10 a 13 anos de idades na
cidade. Ao menos sete pessoas foram presas e condenadas por integrarem o grupo
de exploração sexual em Coari e Manaus. Adail foi condenado por favorecimento a
prostituição infantil a 11 anos e 10 meses de cadeia em regime fechado. Mas
como corre risco de morte, ele permanece em uma batalhão da PM.
Na última terceira-feira (13), o ex-prefeito
foi condenado mais uma vez por unanimidade pela Corte do Tribunal de Justiça do
Amazonas (TJAM), a 1 ano e dois meses em regime aberto, com pagamento da pena
em serviços comunitários, por descumprimento de ordem judicial. (Fonte: Informações
de Terra) (Foto: Blog do Ronaldo Tiradentes)
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