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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Após quatro anos de seca, prognóstico é de chuvas no sertão!

Foram analisadas as condições regionais da pluviometria e globais dos oceanos e da atmosfera, bem como os resultados de modelos numéricos de previsão sazonal.
A Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, através da Gerência de Monitoramento e Hidrometria, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, em conjunto com a Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande, realizaram a primeira reunião técnica de análise e previsão climática para o setor Norte da região Nordeste do Brasil, para o período de fevereiro a abril de 2016.

A reunião contou com a palestra de meteorologistas da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, da Agência Pernambucana de Águas e Clima, da Empresa de Pesquisas Agropecuária do Rio Grande do Norte e da Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande.

CONDIÇÕES OCEÂNICAS E ATMOSFÉRICAS GLOBAIS

As atuais configurações oceânicas e atmosféricas globais indicam a persistência do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) de intensidade moderada na região do oceano Pacífico equatorial. No entanto, os resultados das análises climáticas indicam um gradativo enfraquecimento deste fenômeno a partir do mês de março de 2016.

Por outro lado, o oceano Atlântico também se apresenta como um importante condicionante da variabilidade climática no semiárido nordestino, em particular do estado da Paraíba.  Atualmente, as condições demonstram uma tendência de favorecimento à ocorrência de chuvas no decorrer dos próximos meses.  Porém, tal situação implica num contínuo monitoramento, tendo em vista à grande variabilidade com que se comporta este oceano.

TENDÊNCIA CLIMÁTICA PARA O TRIMESTRE DE FEVEREIRO A ABRIL

Grande parte dos modelos oceânicos e atmosféricos, assim como os modelos acoplados oceano-atmosfera de instituições nacionais e internacionais indicam tendência de chuvas variando entre normais a abaixo da normal sobre o setor norte do Nordeste Brasileiro.

Vale salientar que a evolução atual dos campos atmosféricos e oceânicos apresenta uma tendência favorável a melhoria da qualidade do período chuvoso a partir do mês de março. Ressalta-se que essa tendência dependerá de como se comportarão as condições térmicas nos oceanos Atlântico e Pacífico.

CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE O PROGNÓSTICO

É importante ressaltar que o semiárido nordestino tem como característica a alta variabilidade espacial e temporal dos índices pluviométricos.  Com isto, a ocorrência das chuvas ficará altamente dependente da formação de fenômenos meteorológicos transientes, os quais poderão influenciar quantitativamente na ocorrência das chuvas. Sendo assim, é de fundamental importância, o monitoramento contínuo das condições oceânicas e atmosféricas globais.

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