Foram analisadas as condições regionais da
pluviometria e globais dos oceanos e da atmosfera, bem como os resultados de
modelos numéricos de previsão sazonal.
A Agência Executiva de Gestão das Águas do
Estado da Paraíba, através da Gerência de Monitoramento e Hidrometria, órgão
vinculado à Secretaria de Estado da Infraestrutura, dos Recursos Hídricos, do
Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, em conjunto com a Unidade Acadêmica de
Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina Grande, realizaram a
primeira reunião técnica de análise e previsão climática para o setor Norte da
região Nordeste do Brasil, para o período de fevereiro a abril de 2016.
A reunião contou com a palestra de
meteorologistas da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba,
da Agência Pernambucana de Águas e Clima, da Empresa de Pesquisas Agropecuária
do Rio Grande do Norte e da Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas da
Universidade Federal de Campina Grande.
CONDIÇÕES OCEÂNICAS E ATMOSFÉRICAS GLOBAIS
As atuais configurações oceânicas e
atmosféricas globais indicam a persistência do fenômeno El Niño-Oscilação Sul
(ENOS) de intensidade moderada na região do oceano Pacífico equatorial. No
entanto, os resultados das análises climáticas indicam um gradativo
enfraquecimento deste fenômeno a partir do mês de março de 2016.
Por outro lado, o oceano Atlântico também se
apresenta como um importante condicionante da variabilidade climática no
semiárido nordestino, em particular do estado da Paraíba. Atualmente, as condições demonstram uma
tendência de favorecimento à ocorrência de chuvas no decorrer dos próximos
meses. Porém, tal situação implica num
contínuo monitoramento, tendo em vista à grande variabilidade com que se
comporta este oceano.
TENDÊNCIA CLIMÁTICA PARA O TRIMESTRE DE
FEVEREIRO A ABRIL
Grande parte dos modelos oceânicos e
atmosféricos, assim como os modelos acoplados oceano-atmosfera de instituições
nacionais e internacionais indicam tendência de chuvas variando entre normais a
abaixo da normal sobre o setor norte do Nordeste Brasileiro.
Vale salientar que a evolução atual dos
campos atmosféricos e oceânicos apresenta uma tendência favorável a melhoria da
qualidade do período chuvoso a partir do mês de março. Ressalta-se que essa
tendência dependerá de como se comportarão as condições térmicas nos oceanos
Atlântico e Pacífico.
CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE O
PROGNÓSTICO
É importante ressaltar que o semiárido
nordestino tem como característica a alta variabilidade espacial e temporal dos
índices pluviométricos. Com isto, a
ocorrência das chuvas ficará altamente dependente da formação de fenômenos
meteorológicos transientes, os quais poderão influenciar quantitativamente na
ocorrência das chuvas. Sendo assim, é de fundamental importância, o
monitoramento contínuo das condições oceânicas e atmosféricas globais.
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