Marketing
do candidato do PSD revela estratégia para reta final da disputa pelo Governo.
O
marketing eleitoral do candidato do PSD a governador, Robinson Faria, iniciou
nesta terça forte ofensiva contra o candidato do PMDB, Henrique Alves. A ideia
é apresentar os escândalos nos quais Henrique se envolveu durante sua
trajetória política. As primeiras peças já foram veiculadas, e deverão ser
intensificadas nos próximos dias.
O
recrudescimento faz parte da estratégia do candidato do PSD, evidenciada já no
início da semana, durante participação na rodada de entrevistas do Jornal de
Cidade (FM94), na qual Robinson criticou duramente Henrique, afirmando que o
candidato é carioca, nunca morou no RN, e é oportunista.
A
estratégia de marketing de Robinson entra agora em sua segunda etapa. “Faço
campanha baseado em pesquisas, o que elas dizem e pedem. E as pesquisas pedem
isso (que mostremos os fatos relativos aos candidatos)”, explica João Maria
Medeiros, coordenador do marketing da campanha de Robinson. “As pesquisas
internas mostram que é relevante para as pessoas relembrarem o passado dos
candidatos. A linha do marketing segue o que o povo manda”, acrescentou.
João
Maia diz que a estratégia de marketing eleitoral de Robinson está centrada em
três fases, tendo a primeira delas encerrada junto com o mês de agosto. A
segunda fase inicia em setembro. “A campanha não é estática. O planejamento tem
três fases. Vencida a primeira fase, estamos na segunda, agora trabalhando o
fortalecimento da imagem do candidato e mostrando a incoerência dos
adversários”, disse.
De
acordo com o marqueteiro, a estratégia de Robinson está funcionando até agora.
“A estratégia que traçamos está correspondendo. Temos conseguido que o
adversário permaneça em rota de queda, estancando próximo do teto. E o nosso
candidato vem apresentando crescimento paulatino. A gente quando traça um
caminho de curva, ascensão e queda mostra que Robinson tende a vencer esse jogo”,
diz.
Sobre
quais escândalos de Henrique irá mostrar, João Maria revela que basta digitar
nos sites de busca as palavras “Henrique” e “escândalos”, para eles aparecerem.
“Se for ao Google, escrever o nome do candidato adversário e escândalos, vai
aparecer a realidade de cada candidato. E é isso que vamos mostrar”. As peças
no ar desde ontem falam do acordão, das incoerências das alianças, dentre
outras. “Começou a nova linha”, anunciou.
Ainda
conforme João Maria Medeiros, a diferença de vantagem de Henrique sobre
Robinson já foi de 16 pontos, e agora está estacionado em 10 pontos. Para ele,
isso demonstra que a rejeição a Henrique não vai permitir o crescimento dele
além do que já cresceu. “E Robinson, em que há desconhecimento, a partir do
momento que as pessoas passam a conhecê-lo, fica evidenciado o desejo de voto
nele”, concluiu.
“Ataques
são previsíveis, mas campanha de Henrique não altera”
O
marketing do candidato Henrique Alves não vai ser alterado. Quem garante é uma
das coordenadoras, Flávia Assaf, que trabalha junto com o jornalista e
marqueteiro Adriano de Sousa. “Previsível que quem viesse mais atrás, tentasse
a técnica Mike Tyson, para abater o outro. Na posição que Henrique está,
supertranquilo com as pesquisas e os projetos, não vai ter alteração, não vai
mudar a pisada em relação ao outro. Se entraram em fase mais de desespero em
relação a números e vão tentar outra estratégia, não nos cabe dizer se é bom ou
ruim. Estamos bem assim e vamos continuar assim”, afirma Flávia.
Segundo
ela, o planejamento estratégico de Henrique definiu, desde o início, por uma
campanha propositiva. “Nossa campanha saiu desde o começo com a ideia de ser
uma campanha propositiva. As pessoas querem ouvir propostas, estão cansadas da
luta política, querem saber como vão ser beneficiadas diante da situação
caótica em que o Estado está”, diz, destacando que a questão central é a
política de apaziguar, unir todos para melhorar o RN. “E essa união gera um
banco de propostas muito boas, um plano de governo muito bom. E, nesse sentido,
o resultado tem sido bom, as pesquisas, inclusive, registram isso”.
Apesar
disso, nas entrelinhas, Flavia evidencia que a campanha de Henrique necessita
de algumas mudanças pontuais, detectadas nas pesquisas qualitativas. “Nossa
estratégia, dentro do que a gente percebe nas qualitativas, é corrigir um rumo
ou outro dentro da percepção do eleitor. Achamos que 40% de pontos de
pesquisas, o eleitor está convencido. Um ou outro ruído, nós vamos entendendo,
ajustando e refazendo a proposta”.
Geralmente,
o marketing leva algum tempo para surtir efeito. “Tem tempo com o programa no
ar, mas estamos sentindo que as pessoas estão respondendo às nossas propostas,
estamos dizendo coisas que elas gostariam de ouvir, propostas, que a união é
boa para o RN, e isso está surtindo efeito nesse sentido”, diz. “Henrique tem
44 anos de mandato, mas uma coisa ou outra, no tocante à política mesmo, o
eleitor brasileiro não sabe. Por exemplo, tem eleitor que não sabe o que faz um
deputado, o que faz um senador, e às vezes é preciso dizer isso a ele. Isso não
é problema do candidato, mas de percepção do eleitor. Isso nós vamos corrigindo
naturalmente. Está tudo muito bem”, completa a coordenadora Flavia Assaf.
Do JH
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