Vereadora
mais votada de Natal na eleição de 2012 diz que os dois líderes das pesquisas
são “ruins para o RN”.
Fenômeno
eleitoral na campanha de 2012, a vereadora Amanda Gurgel (PSTU) se mostra
decepcionada na presente campanha eleitoral – mesmo sem ser candidata.
Ao
avaliar a disputa pelo governo do Estado, questiona a desigualdade de espaços
oferecidos pela mídia aos candidatos categorizados como nanicos. Sobre a
polarização entre o candidato do PMDB, Henrique Alves, e o do PSD, Robinson
Faria, dispara: “Tanto faz (a vitória de um ou de outro). Não tem diferença.
Ambos serão ruins para o Estado, que irá continuar na mesma”.
Segundo
Amanda Gurgel, no próximo governo, sendo de Henrique, ou sendo de Robinson, os
trabalhadores do Rio Grande do Norte e a população “continuarão prejudicadas
como são hoje”. “Não tem diferença nenhuma nas duas candidaturas, tanto faz
Henrique ou Robinson. Os trabalhadores do RN, a população que precisa dos
serviços públicos, continuarão prejudicadas, como são hoje”.
Ela
também critica a polarização entre os dois candidatos, afirmando não ser
natural, mas produzida pelo sistema. “A polarização é previsível, não é
espontânea, mas produzida pelo próprio processo, como ele se dá”. Segundo
Amanda, é perceptível que “a população está muito desiludida com o processo
político e com os políticos, porque não consegue fazer a distinção entre o
nosso partido e os demais”.
Com
a eleição de Henrique ou Robinson, de acordo com Amanda Gurgel, a realidade do
RN tende ainda a piorar. “As perspectivas para o Estado, não é pessimismo como
pode aparentar a princípio, mas realismo: A realidade tende a piorar, apesar da
propaganda bem produzida, dos textos bem elaborados e produzidos (desses
candidatos no rádio e na TV). Mas tende a se repetir a lógica do financiamento
de empresas, e governantes comprometidos com as empresas e não com a
população”, diz ela
Para
ilustrar, cita proposta de Robinson: “Exermplo é a proposta de Robinson de dar
plano de saúde para o funcionalismo público. Significa que não há perspectiva
de melhora da saúde pública, já que ele vai pegar dinheiro substancial e pagar
a empresas privadas. Isso não é fortalecer a saúde pública, mas a privada”.
SEM
FESTA
Diante
das desigualdades de tratamento ofertadas aos candidatos, Amanda considera que
não existe a tão propalada festa da democracia. “Não existe no processo
eleitoral festa de democracia. O exemplo disso é que Simone Dutra, candidata do
PSTU a governadora, ficou durante um bom período no terceiro lugar, mesmo com
um percentual baixo, e não foi convidada para participar do debate da principal
emissora”.
Além
disso, de acordo com a vereadora, tem a questão do espaço que a imprensa elege
e determina como candidatos dela. “No caso, existe muito espaço para essas
candidaturas. Além do financiamento de empresas privadas a essas campanhas”.
Para Amanda, “esse financiamento não é doação, mas empréstimo que depois que o
candidato é eleito e assume o governo, as empresas vão ter de volta o pagamento
do que investiram na campanha”.
“Povo
está de saco cheio das imundícies dos políticos”
Amanda
Gurgel, uma das autoras do projeto do passe livre em Natal, afirmou que ela e a
população do Estado estão de “saco cheio” de imundícies como a cometida pela
vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, candidata ao Senado. Segundo Amanda,
mesmo sendo vice-prefeita da cidade, a ex-governadora nada fez para implantar o
passe livre, que ainda não foi implantado, e promete na campanha ao Senado
apresentar projeto do passe livre para abranger todo o Brasil. O detalhe,
segundo Amanda, é que já tramita no Congresso um projeto do passe livre, o que
torna a proposta de Wilma impraticável.
Amanda
Gurgel avalia, ainda, que a disputa pela vaga no Senado esteve, até
recentemente, polarizada entre Wilma e a deputada federal Fátima Bezerra (PT).
Entretanto, a petista toma a dianteira da corrida, não apenas pelo passado de
escândalos de Wilma, mas, sobretudo, pela propostas demagógicas da pessebista.
“A
campanha ao Senado ficou polarizada durante um tempo, mas Fátima agora está
passando à frente de Wilma, e isso se deve não só ao passado recente de Wilma,
de escândalos de corrupção, também envolvendo familiares dela, mas ao próprio
excesso de demagogia da campanha, já que ela chegou a pedir direito de resposta
ao nosso partido, pelo fato de termos denunciado que o passe livre não está
sendo executado em Natal, onde ela é vice-prefeita, e ela está prometendo
implantar no Brasil”, afirmou.
Amanda
diz que Wilma “chegou ao cúmulo de fazer campanha de um projeto que já existe
no Senado”. E arrematou: “Ela nunca moveu uma palha pelo passe livre em Natal e
teve a ousadia de apresentar essa proposta. A população diz que não está
achando mais interessante esse tipo de demagogia. Até para esse tipo de
imundície a gente está de saco cheio”, finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário