Secretário-chefe
do Gabinete Civil, Carlos Augusto Rosado já pretendia deixar o DEM.
O
secretário-chefe do Gabinete Civil do governo do Estado do Rio Grande do Norte,
Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini (DEM),
oficializou nesta quarta-feira, junto à 34ª Zona Eleitoral de Mossoró, sua
desfiliação do DEM. Com isso, deixa também a presidência do Diretório
mossoroense do partido. E, por consequência, oficializa o rompimento com o
líder do DEM no Estado, o senador José Agripino Maia.
Na
verdade, a saída de Carlos Augusto do partido já era esperada. Assim como se
aguarda a desfiliação de Rosalba para tão logo ela termine o mandato de
governadora do Estado. Caso deixe o DEM antes, a governadora poderia perder o
mandato, já que a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que trata da
Fidelidade Partidária estabelece que o mandato pertence ao partido, e não ao
político.
Rosalba
e Carlos Augusto se consideram “traídos” pelo senador e líder do DEM, que
abandonou o projeto de reeleição de Rosalba para se aliar ao presidente da
Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, que trabalhava sua candidatura ao
governo de forma estratégica. Na época, Agripino justificou que a maioria do
partido preferiria garantir condições de elegibilidade aos deputados do
partido, entre eles, Felipe Maia, filho do senador, candidato à reeleição.
O
raciocínio do senador era de que, isolado, sem apoios de outras legendas, o DEM
não teria chances matemáticas de reeleger Rosalba e os seus representantes na
Câmara Federal e na Assembleia Legislativa. Deu prazo para Rosalba costurar
alianças. Ao final, sem apoios contrários expressivos, Agripino reuniu o DEM e,
por votação, decidiu o futuro de Rosalba, com a maioria do partido optando pela
não candidatura da governadora à reeleição.
Nesse
pleito, Rosalba tem ficado de fora – pelo menor, oficialmente. Antipatiza com o
vice-governador, Robinson Faria, candidato ao governo que a critica desde que
ele rompeu com ela, no final de 2011, ainda no primeiro ano de gestão, e
ressente-se de Henrique Alves, que Rosalba reputa como articulador do seu
martírio político.
Oficialmente,
a governadora diz apoiar apenas a candidatura do sobrinho, Betinho Segundo, que
tenta substituir o pai, Betinho Rosado (DEM), irmão de Carlos Augusto, na
Câmara Federal.
Nos
bastidores, entretanto, há quem confirme a simpatia da governadora pela
candidatura de Fátima Bezerra (PT) ao Senado, já que, assim, Rosalba derrotaria
indiretamente Wilma de Faria (PSB), principal oponente dela no governo. A se
confirmarem as pesquisas, Fátima vencendo seria uma vitória de Rosalba, que
veria Wilma de Faria derrotada. Vários prefeitos do DEM que contam com o apoio
do governo Rosalba apoiam Fátima. Dizem nos bastidores que esse apoio obedece à
orientação indireta da governadora.
Ao
virar do ano, Rosalba deverá deixar o DEM e fazer nova opção partidária. Poderá
disputar a Prefeitura de Mossoró em 2016, cidade que já governou por três
ocasiões e que a projetou como administradora competente. Poderá ter o apoio do
atual prefeito, Francisco José Júnior, que não deverá disputar a reeleição.
Francisco José Júnior é do PSD, partido de Robinson Faria.
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