Bactéria
Wolbachia impede que o vírus se multiplique no organismo do mosquito.
Mosquitos
Aedes aegypti modificados em laboratório foram liberados em um bairro do Rio de
Janeiro, nesta quarta-feira, 23 de setembro. A ação foi feita pela Fundação
Oswaldo Cruz e serve como teste para um projeto que promete impedir o mosquito
de transmitir o vírus da Dengue. Essa experiência foi feita em outros países,
como a Austrália, e teve bons resultados.
Os
Aedes de laboratório receberam uma bactéria chamada Wolbachia. Ela impede que o
vírus se multiplique no organismo do mosquito. É uma espécie de vacina. Além
disso, a bactéria afeta a reprodução do inseto. Se o macho contaminado
fertilizar ovos de fêmeas que não tenham a bactéria, esses ovos não darão
origem às larvas. Se macho e fêmea estiverem contaminados, ou se só a fêmea
tiver a bactéria, toda a prole carregará a Wolbachia.
O
teste é ainda mais eficiente porque os pesquisadores não precisam lançar por
várias vezes os mosquitos no ambiente. A bactéria é transmitida naturalmente
para as gerações seguintes. A Wolbachia pode ser passada de mãe para filho, no
processo de reprodução dos mosquitos.
De
acordo com a Fiocruz, 10 mil insetos serão liberados a cada semana em
Tubiacanga, dentro de quatro meses. Outros bairros cariocas também devem
receber os mosquitos para testar o projeto que tem por objetivo acabar com a
transmissão da Dengue.
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