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domingo, 28 de setembro de 2014

Performances na rua visam reconhecimento da modalidade!

Na capital Potiguar, Praça da Árvore de Mirassol será palco do 2º Pole Street Brasil.
Quem passar nas proximidades praça da Árvore no bairro de Mirassol na tarde de hoje depois das 15h da tarde pode encontrar um situação pouco comum: mulheres enroscadas no alto dos postes de luz de cabeça para baixo. É o 2º Pole Street Brasil, um evento que se propõe a difundir o Pole Dance pelo país.

Cinco instrutoras exibirão sua técnica nos postes de luz e também convidarão os passantes a tentar alguns movimentos nos postes. Segundo a instrutora de Pole Dance, Ana Paula Santos, a prática não oferece restrição de idade, de peso nem de gênero.

“Você já caminha todos os dias com o seu peso, então não interfere em nada. Seja para uma pessoa magra, ou para uma pessoa com mais peso. Essa restrição está mais na cabeça das pessoas. Sempre chega emails perguntando isso. Por não conhecer, as pessoas acham que não pode”, disse a instrutora. Conforme Ana Paula, a idade também não é desculpa. “Mundialmente existe campeonatos para crianças e pessoas acima de 50 anos”, acrescentou.

Essa demonstração de Pole Dance na rua serve para a Campanha Nacional pela Legitimação do Pole Dance, encabeçada pela Federação Brasileira de Pole Dance. Segundo Ana Paula, os praticantes querem que o Pole Dance seja reconhecido como esporte. Para tanto, a Federação vem colhendo assinaturas desde a edição passado do Pole Street Brasil. O objetivo final é entregar o abaixo-assinado no Ministério dos Esportes para que a prática ganhe status esportivo por aqui. “Em vários outros países o Pole já foi regulamentado”, disse.

Para quem se interessar em tentar algumas acrobacias, a participação é gratuita, mas é preciso seguir algumas orientações para facilitar a movimentação nos postos. “Geralmente, o Pole Street é feito de calça porque os postes da rua são muito ásperos”, informou Andressa Oliveira, instrutora de Pole Dance e estudante do curso de Dança da UFRN.

Quebra preconceito

No Pole Street Brasil, ninguém vai ver mulheres soltando olhares sensuais para os espectadores do alto dos postes. Pelo contrário. Andressa Oliveira afirma que a visão que se tem do Pole Dance é distorcida da sua origem oriental. “O Pole Dance no ocidente é muito associado à erotização às mulheres de cabaré. Mas nem só profissionais do sexo atuam no Pole Dance”, afirmou.

Segundo Oliveira, a origem do Pole Dance tem mais relação com o esporte indiano Mallkhamb (bastante praticado por homens) e do Mastro Chinês. “No indiano, os homens fazem a barra e as mulheres fazem a corda”, acrescentou Andressa Oliveira. No ocidente, a mistura de esporte e dança começou a ser praticada pelos circos já no século 20.

Atualmente, a prática se divida em duas correntes majoritárias: Pole Dance Sensual e Pole Dance Fitness. Ana Paula e Andressa são instrutores de uma academia que ensina o segundo viés. “Existem campeonatos de Pole Sensual me que as meninas podem usar salto, olhar para o público encarando, passar a mão no corpo”, disse. Mas na outra modalidade esses artifícios não são permitidos, porque o objetivo da competição se foca nas acrobacias.

Poste ideal

Normalmente, o esporte é realizado em uma barra cromada completamente lisa. “O atrito é só com sua pele”, explicou Andressa. Os praticantes também podem utilizar um líquido que aumenta o atrito entre a pele o poste, mas essa prática é regulamentada nas competições. Os competidores não usam hidratante por exemplo. Mas uma condição natural do corpo pode atrapalhar muito. “Na verdade, o grande desafio é não suar”, enfatizou Ana Paula.

Conforme as instrutoras, uma aula de Pole Dance pode gastar cerca de 600 a 700 calorias, tanto quanto uma aula de boxe. Elas ressaltam que é valor calórico é atingido por um aluno regular em uma hora de prática do esporte. Para o atleta, esse valor é maior.

De acordo com Ana Paula Santos, o misto de esporte e dança trabalha o corpo inteiro. “O Pole Dance é um esporte que trabalha todos os grupos musculares. Primeiramente, começamos pelos membros superiores. Depois que as meninas estão ficando de cabeça para baixo, começamos a trabalhar os membros inferiores”, explicou. No entanto, é preciso consultar um médico antes de iniciar as aulas como qualquer outro exercício físico.

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