Foi
em sete de setembro de 1822 que “ouviram das margens do Ipiranga, um brado
retumbante” proclamando o surgimento de um novo País, nascia uma nova nação.
Denomina-se
Independência do Brasil o processo que culminou com a emancipação política do
território brasileiro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, no início
do século XIX, e a instituição do Império do Brasil no mesmo ano. Os 192 anos
da Independência do Brasil será lembrado pelo povo brasileiro neste domingo, 7
de setembro com momentos cívicos em várias cidades do pais.
É
interessante relembrar alguns fatos ocorridos no ano de 1822, que consolidou os
movimentos que já aconteciam, no Brasil para ocorrer a independencia do Brasil,
no dia 7 de setembro.
Foi
no dia 1º de janeiro de 1822 que D.Pedro recebeu o manifesto escrito por José
Bonifácio e assinado por toda a junta provincial destacando que as Cortes de
Lisboa, buscavam impor ao Brasil “um sistema de anarquia e escravidão”.
Em
9 de janeiro os cariocas entregaram um abaixo-assinado com 8 mil nomes a
D.Pedro que depois de ler anunciou “Se é para o bem de todos e felicidade geral
da nação, diga ao povo que fico”. No dia 11, as tropas portuguesas tentaram
obrigar o príncipe a embarcar para Lisboa.
Cinco
dias depois de expulsar do Rio de Janeiro as tropas lusas, comandadas pelo
general Avilez, D.Pedro organizou um novo ministério e, para liderá-lo,
escolheu José Bonifácio de Andrada e Silva. Em 1º de agosto, declarou inimigas
todas as tropas enviadas de Portugal sem o seu consentimento. No dia 14, partiu
para São Paulo para contornar uma crise na província.
No
dia 2 de setembro, no Rio de Janeiro, a esposa de D.Pedro, D.Leopoldina leu as
cartas chegadas de Lisboa com as abusivas decisões da Corte. Reuniu os
ministros e enviou mensageiros a D.Pedro.
José
Bonifácio, transmitiu a decisão portuguesa ao príncipe, juntamente com carta
sua e de D. Maria Leopoldina, que ficara no Rio de Janeiro como regente. No dia
sete de setembro de 1822 D. Pedro que se encontrava às margens do riacho
Ipiranga, em São Paulo, após a leitura das cartas que chegaram em suas mãos,
bradou: “É tempo... Independência ou morte... Estamos separados de
Portugal”.Chegando no Rio de Janeiro (14 de setembro de 1822), D. Pedro foi
aclamado Imperador Constitucional do Brasil. Era o início do Império, embora a coroação
apenas se realizasse em primeiro de dezembro de 1822.
O
Professor e escritor Carlos Magno Amarilha destaca que a independência não
marcou nenhuma ruptura com o processo de nossa história colonial. “As bases
sócio-econômicas (trabalho escravo, monocultura e latifúndio), que
representavam a manutenção dos privilégios aristocráticos, permaneceram
inalteradas. O “sete de setembro” foi apenas a consolidação de uma ruptura
política, que já começara 14 anos atrás, com a abertura dos portos”, avaliou o
historiador.
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