Reajuste salarial será de 7,64%; segundo
Mendonça Filho, valor mínimo vale para docentes com formação de nível médio e
que atuem em escolas públicas por 40 horas semanais
O ministro da Educação, Mendonça Filho,
informou nesta quinta-feira (12) que o novo piso salarial dos professores terá
um reajuste de 7,64% a partir de janeiro de 2017. Com o aumento, o salário-base
passa dos atuais R$ 2.135,64 para R$ 2.298,80. Segundo o Ministério da
Educação, a portaria com o novo piso salarial será publicada na edição desta
sexta-feira do "Diário Oficial da União".
O valor deve ser pago para docentes com
formação de nível médio com atuação em escolas públicas com 40 horas de
trabalho semanais. Segundo a pasta, o reajuste ficou 1,35% acima da inflação
medida em 2016, que fechou o ano em 6,29%.
Em 2016, o aumento foi de 11,36%, o que
significou um ganho salarial de 0,69% acima da inflação.
Veja a evolução do salário dos professores
desde 2009 (Foto: Editoria de arte/G1)
Em oito anos, o piso salarial dos professores
aumentou quase 142%, de R$ 950, em 2009, para R$ 2.298,80, em 2017. Atualmente,
o piso equivale a 2,4 salários mínimos. O reajuste deste ano foi o menor desde
2009. O maior reajuste foi 22,22%, em 2012.
Valor mínimo por aluno
Pela regra atual, a correção do piso reflete
a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente pelo
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação (Fundeb).
De acordo com o presidente da Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, 14
estados não cumprem o piso nacional da categoria estabelecido por lei.
Para contribuir com o cumprimento do piso, o
governo federal repassa 10% do Fundeb para estados e municípios.
O ministro da Educação informou que, a partir
deste ano, o pagamento será feito mensalmente. Antes, o governo tinha até abril
do ano seguinte para fazer o repasse.
“Vamos pagar mês a mês aquilo que seria pago
só até abril de 2018”, disse.
O ministro disse que há uma demanda de
prefeitos e governadores para que seja alterada a lei que define o cálculo do
reajuste. Ele ponderou, porém, que não há no momento uma discussão sobre o
assunto no ministério.
“O Brasil vive há algum tempo a recessão e a
queda de receita de estados e municípios, mas nossa obrigação é cumprir a lei
federal”, disse. “Vivemos um dilema. Limitações financeiras de estados e
municípios de um lado e, de outro, a necessidade de que os professores sejam
valorizados”, complementou.
Segundo a Confederação Nacional de Municípios
(CNM), o impacto do reajuste anunciado para este ano será de R$ 5 bilhões aos
cofres municipais. A entidade ressalta que, atualmente, os prefeitos
comprometem, em média, 78,4% dos recursos do Fundeb apenas com salários dos
professores.
G1
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