Já foram definidos os esquemas de segurança,
o local em que o líder do PT irá ficar e até sua rotina no cárcere – incluindo
o que ele poderá ou não fazer no futuro lar
O presídio, com 8,406 metros quadrados de
área construída e que hoje abriga 697 presos, entre os quais 11 da Operação
Lava Jato, será o provável destino do ex-presidente Lula, tão logo os
desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decretem sua
prisão.
Por decisão do Departamento Penitenciário do
Paraná (Depen), foi reservada a Lula uma das dez celas da galeria 6 do
Complexo, situada no segundo piso. Lá estão acomodados exclusivamente presos da
Lava Jato e outros condenados pelo crime de colarinho branco. Os mais ilustres
são o ex-governador Sérgio Cabral, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e
o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Cada cela da galeria 6, como a que já
está separada para Lula, tem 12 metros quadrados, e é destinada a 3 presos. A
unidade é composta por três camas de solteiro, construídas em alvenaria, com
direito a um colchão de densidade 28.
Se o petista precisar de colchão especial, um
médico deverá atestar que ele sofre da coluna, por exemplo. Nesse caso, caberá
à família providenciar outro colchão, nas medidas fornecidas pela direção do
presídio. A cela, com uma janela e porta em aço, conta com um vaso sanitário no
chão (o chamado boi), com pouca privacidade, e um tanque com torneira. Os
agentes penitenciários asseguram que é possível bebê-la sem sobressaltos – a
água, fornecida pela Sanepar, esclarecem, é potável. Mas se Lula exagerar no
consumo, não tem conversa: a água será cortada. O tanque também servirá para o
futuro detento lavar as quatro cuecas e quatro pares de meias, autorizados a
carregar para a cela. Toalhas e roupas de cama são fornecidas pela prisão,
incluindo um cobertor.
Como o inverno de Curitiba é gelado,
alcançando até temperaturas negativas, a família poderá mandar cobertores mais
quentes. Detalhe: a movimentação de familiares no presídio é restrita. Só podem
entrar dois parentes por vez, devidamente cadastrados. E não são permitidas
visitas íntimas. Já os advogados podem falar com os presos a qualquer hora e
dia, mas através de um parlatório, por meio de interfone, protegido por
resistente vidro de policarbonato.
Fonte: Revista IstoÉ
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