Henrique Alves, Garibaldi Filho, José
Agripino e Rogério Marinho têm seus nomes no acervo da empresa que é
investigada pela Polícia Federal.
Documentos apreendidos pela Polícia Federal
listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18
partidos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela
descoberta e revelada na terça-feira, 22, pela força-tarefa da Operação Lava
Jato.
As planilhas estavam com Benedicto Barbosa
Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo
empresarial como “BJ''. Foram apreendidas na 23.ª fase da operação Lava Jato,
batizada de “Acarajé”, realizada na terça-feira.
Como eram de uma operação de 1 mês atrás e só
foram divulgados públicos na terça-feira pelo juiz federal Sérgio Moro, os
documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato.
As planilhas são riquíssimas em detalhes –
embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser
automaticamente ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da
empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das
investigações da Lava Jato.
Os documentos relacionam nomes da oposição e
do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá
(PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre
vários outros.
Do Rio Grande do Norte, aparecem na lista o
ministro do Turismo, Henrique Alves (PMDB), os senadores José Agripino,
presidente nacional do DEM, e Garibaldi Alves (PMDB), e o deputado federal
Rogério Marinho (PSDB).
Henrique Alves, tratado pela companhia como
“parceiro histórico”, aparece em duas planilhas, ambas com valores totais de R$
1 milhão. Em uma delas, o valor está atribuído ao “sponsor” (expressão que
significa patrocinador do projeto) Infra; na outra, o valor é compartilhado
entre BRK e Infra.
José Agripino, também “histórico”, aparece em
uma lista como destinatário de R$ 200 mil, atribuído ao sponsor Infra; e em
outra, compartilhado com o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB), no valor de R$
100 mil, previstos para pagamento em 2012, sem confirmação nem fonte dos
recursos.
Já Rogério Marinho consta de lista de
pagamento de R$ 150 mil em 2012 e previsão de R$ 350 mil para 2014.
* Com informações do www.uol.com.br e
www.blogdobg.com.br.
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