Delegado Cleiton Pinho é chefe de Polícia
Civil no interior e confessou que a polícia não está obtendo os resultados
esperados pela população, mas ressaltou que, por causa disso, não deve se
desmotivar.
É comum vermos na TV, rádios e sites de
notícias, os constantes casos de criminalidade registrados no Rio Grande do
Norte. Até o fim de outubro, por exemplo, o Estado alcançou a desagradável
marca de 1300 assassinatos (Crimes Violentos, Letais intencionais), número
bastante reduzido quando comparado com o mesmo período de 2014, mas que
continua preocupando as autoridades e a sociedade em geral.
Para os especialistas em segurança pública,
os motivos que desencadeiam a violência em determinada localidade, seja
município, Estado ou país, estão ligados diretamente à formação do cidadão no
seio familiar, educação na escola, religiosidade, polícias Militar e Civil,
ITEP, Justiça e eficiência do Sistema Prisional. É o que pensa o ex secretário
nacional Ricardo Balestreri.
Esta série de fatores, se funcionasse
adequadamente, poderia reduzir significativamente a criminalidade, desde
pequenos furtos até violentas chacinas. Entretanto, o que se vê nos dias atuais
é totalmente o contrário. Por exemplo, a família está destroçada, a educação
defasada, a polícia sem estrutura, a Justiça é lenta e o sistema prisional
caótico, observa o jornalista Cézar Alves.
Em entrevista com o delegado de Polícia Civil
do Interior, Cleiton Pinho, a reportagem do MOSSORÓ HOJE questionou se os
investimentos que o Governo do Estado está fazendo na área da segurança pública
poderia ser considerado como “enxugar gelo”.
Cleiton Pinho confessou que a polícia não
está obtendo os resultados esperados, mas ressaltou que, por causa disso, não
deve se desmotivar.
“Não diria que estamos enxugando gelo. Na
verdade, nós não estamos obtendo os resultados previsíveis em função de toda
essa ciranda. Está falhando a parte da educação, a parte da própria família e
os órgãos estatais também estão com suas falhas, no entanto, eu digo que nós
não devemos nos esmorecer. Devemos trabalhar mais ainda”, destacou.
Mossoró Hoje
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