O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
determinou ontem (25), por 6 votos a 1, que Google e Facebook retirem do ar um
vídeo gravado pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) em 16 de setembro, no
qual ele afirma que a possibilidade de fraude nas urnas eletrônicas “é
concreta”.
A fala de 15 minutos foi transmitida ao vivo do
hospital em que Bolsonaro se encontrava internado após sofrer um atentado a
faca em 6 de setembro. O vídeo foi depois publicado no canal oficial do
presidenciável no YouTube e também em seu perfil no Facebook.
“A grande preocupação não é perder no voto, é
perder na fraude. Então, essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez
no primeiro, é concreta”, diz Bolsonaro no vídeo, no qual faz ainda críticas ao
PT e a Lula, que diz ter um plano para sair da prisão após as eleições. "O
PT descobriu o caminho para o poder: o voto eletrônico", afirma o
presidenciável, novamente sugerindo fraude nas urnas.
Ação
O PT ingressou com uma representação no TSE
pedindo direito de resposta contra Bolsonaro, o que foi negado pelo plenário da
Corte. Os ministros, contudo, resolveram acatar a solicitação para que o vídeo
fosse retirado do ar. O entendimento prevalecente foi o de que a fala do
candidato do PSL foi além do direito de crítica, ao buscar abalar a
credibilidade da Justiça Eleitoral.
“Críticas são legítimas, vivemos graças a Deus
num estado democrático de direito. Agora, críticas que buscam fragilizar a
Justiça Eleitoral, e sobretudo que busca retirar-lhe a credibilidade junto à
população, elas hão de encontrar limites”, afirmou a presidente do TSE,
ministra Rosa Weber, ao votar pela retirada do vídeo.
agenciabrasil.ebc.com.br
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