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sexta-feira, 26 de maio de 2017

Esquema...Henrique Alves recebia propina por meio do Ibope, aponta delator da JBS!

Ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara é citado como tendo recebido R$ 3 milhões, para campanha ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014
Ricardo Saud, diretor de Relações Institucionais da J&F, entregou, como parte de sua delação premiada ao Ministério Público Federal, contratos e notas fiscais que teriam sido utilizados para dissimular propinas à cúpula do PMDB. O ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB) é citado como tendo recebido R$ 3 milhões, para campanha ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.

Entre os documentos que, segundo o delator, são “frios” e “fictícios”, estão números de notas fiscais emitidas pela JBS ao Ibope. Do total deste montante, R$ 1 milhão foi doado oficialmente ao PMDB Nacional, “em nome do Henrique”, segundo palavras de Ricardo Saud, e outra parte foi por meio de contratos de advocacia e de consultoria, e termos firmados com o Ibope.

“Fazia pesquisa para eles (senadores) e pagava com essa propina. O Ibope recebia propina. Nunca fez um serviço para nós”. O instituto reagiu com veemência à denúncia do executivo da JBS sobre emissão de notas fiscais frias.

A acusação de Saud está registrada em vídeo, onde ele detalha o pagamento ao político potiguar, que depois veio a ser ministro do Turismo nos governos de Dilma e Temer, mas acabou pedindo exoneração do cargo após as inúmeras acusações que surgiram contra ele no âmbito da Operação Lava Jato.

O delator ainda relatou que o Ibope teria sugerido contratos fraudulentos para justificar os repasses da JBS. “Inclusive, eles várias vezes mandavam um contrato com um punhado de pesquisa e falaram: arquiva isso aí direitinho, se amanhã ou depois, se acontecer alguma coisa, você mostra isso aí. Eu falei: ‘ó, rapaz, agora quer me ensinar a roubar dos outros?’”. “Nunca fizeram pesquisa pra mim. Pegavam pesquisa nacional e queria pôr no contrato da gente”, relatou.

Um dos anexos do acordo de colaboração da JBS com a Procuradoria-Geral da República se refere a um pacotão de R$ 46 milhões ao PMDB nas eleições de 2014, que, segundo os executivos, teriam sido acertados entre o então ministro da Fazenda Guido Mantega e um dos donos da JBS, Joesley Batista. Do total, R$ 35 milhões seriam destinados à cúpula do PMDB no Senado.
Agora RN

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