Candidato
do PSD, Robinson Faria, parte para o ataque e chama Henrique Alves de
“adesista” e “candidato das pesquisas”.
O
candidato do PSD a governador, Robinson Faria (PSD), elevou o tom das críticas
ao candidato do PMDB, Henrique Alves. Em entrevista ao Jornal da Cidade, da FM
94, Robinson disse que o atual presidente da Câmara dos Deputados é o
“candidato do acordão”, “o candidato das pesquisas”, “adesista”. Robinson
classificou as propostas do adversário de “falácia” e “mentira”, apontou
“oportunismo” político e “discurso falso”, além de tratá-lo como “candidato
midiático”.
Foi
o mais duro momento da campanha eleitoral até o momento. Segundo Robinson,
Henrique adere a todos os governos com a promessa de ajudar o Estado, mas não
consegue resolver os problemas, lembrando que, mesmo sendo presidente da
Câmara, nada fez pelo governo Rosalba Ciarlini (DEM), onde mandava e
desmandava, e que em eventos do governo, ele discursava como se fosse o
governador e Rosalba a expectadora.
Robinson
falou que Henrique não é oposição ao Governo Rosa, já que na gestão atual ainda
tem pessoas ligadas a ele, como o secretário de Desenvolvimento, Sílvio
Torquato, tio do deputado Gustavo Fernandes (PMDB), a secretário de Assistência
Social, que tem o DNA do vice de Henrique, João Maia (PR), e o líder do
governo, o democrata Getúlio Rêgo, que vota em Henrique. Robinson acusou
Henrique de nunca ter morado no Rio Grande do Norte, de ter nascido no Rio de
Janeiro, ter se criado no Rio e de ser carioca.
“A
população sabe analisar os fatos e essas são suas propostas de um candidato que
nunca morou no Estado, sempre teve uma carreira muito fácil, nasceu pronta
nunca cavou com as unhas sua vida pública, já nasceu deputado federal, criado
no Rio de Janeiro, carioca, formado no Rio”, disse.
Robinson
afirmou que mesmo ocupando um dos cargos mais altos da República, Henrique não
trouxe soluções ao governo Rosalba. “Ao contrário muita pirotecnia: afunda o
calçadão de Ponta Negra e está lá o deputado Henrique para tirar uma foto. Se
tem problema no hospital, ele fala que vai trazer ministro para resolver o
problema. É o candidato midiático, é o político da mídia, mas resolutividade
nenhuma. Então é uma coisa fantasiosa”, afirmou.
ADESISTA
Robinson
disse que o conselho político, sugerido por Henrique, falhou no governo
Rosalba. E que o peemedebista passou quatro anos mandando e desmandando na
gestão estadual. “O conselho político de Rosalba, hoje está todo contra ela, e
foi criado pelo candidato Henrique Alves, que passou quatro anos mandando, desmandando,
dando ordens, falando por ela, chegava até em solenidades em que ele falava de
projetos como se ele fosse o governador e Rosalba fosse apenas uma expectadora
do seu governo, quando ele falava em nome do governo do Estado. Quando o
governo perdeu popularidade de forma oportunista, ele se reuniu com esse grupo
de ex-governadores”, disse Robinson.
Ainda
sobre Henrique ser adesista, Robinson disse que Henrique aderiu e abandonou
diversos governos. “Henrique aderiu ao governo de Iberê e de Wilma, ambos tiveram
indicações em seus governos, sempre usando o argumento de querer ajudar o
Estado, mais sempre indicando nomes para compor a equipe”, criticou,
acrescentando que o peemedebista também se aliou aos governos de Micarla de
Sousa em Natal, antes de chegar à gestão Rosalba. “O candidato Henrique não
voltou na borboleta (Micarla), mas com pouco tempo estava participando e
mandando e indicando cargos no governo de Micarla. Se você lembrar, ele indicou
a esposa… Micarla naufragou, nem candidata foi, e ele abandonou Micarla”,
criticou Robinson.
Na
eleição 2010, menos de um ano após ser derrotado no palanque para o governo ao
lado do candidato a governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), que disputava a
reeleição, Henrique aderiu ao governo Rosalba. “Henrique apoiou Iberê e perdeu,
mas com pouco tempo ele estava aderindo ao governo Rosalba, chegando a indicar
seis secretários. E depois de passar quatro anos mandando e desmandando no
governo Rosalba, criou até por ideia dele um conselho político, quando Rosalba
perdeu popularidade, Henrique se reuniu com ex-governadores”, disse.
“Vou
ganhar a eleição e ele vai ter que sentir o gosto da oposição”
O
candidato do PSD, Robinson Faria, afirmou que vai vencer a eleição e que o
candidato do PMDB vai sentir o gosto de ser oposição. “Vou ganhar a eleição e ele
vai ter que sentir o gosto da oposição”, disse Robinson, que identificou a
carreira política do candidato adversário como “grave carreira adesista”,
sempre perdendo e aderindo aos vencedores.
“Henrique
usa o discurso de oposição, um discurso falso, mentiroso, porque ele está
dentro do governo, ele não entregou os cargos, é apenas para manter uma posição
de oposição, sem ser oposição. Mais o grave em tudo isso é a sua carreira de
adesista, ele perde e adere e governa. E agora eu vou ganhar a eleição e ele
vai ter que sentir o gosto de saber o que é oposição”, afirmou Robinson.
Robinson
disse que mesmo após romper com Rosalba, Henrique manteve seus indicados e
apadrinhados políticos na gestão estadual. “O maior acórdão da história do Rio
Grande do Norte… É bom lembrar que é tanta gente do PMDB, que mesmo com esse
rompimento que ele fala que rompeu com Rosalba, ainda temos lá secretários
afilhados políticos do deputado Henrique Alves, como por exemplo, Silvio
Torquato, secretário de desenvolvimento, irmão de Elias Fernandes, tio do
deputado Gustavo Fernandes. Temos a secretária de Assistência Social, ligada ao
deputado João Maia, vice do meu adversário, o líder do governo na Assembleia
Legislativa, deputado Getúlio Rego, apoiador também de Henrique Alves. No
interior, nos municípios os cargos ainda estão nas mãos do PMDB”, afirmou.
FALÁCIA
Instado
a avaliar o discurso do candidato do PMDB, de que tem conhecimento nacional
para abrir portas em Brasília, pela influência e por ter sido deputado federal
por mais de quatro décadas, Robinson classificou de falácia. “Isso é pura
falácia por que ele não resolveu ocupando um dos cargos mais altos da República
as soluções do governo de Rosalba, com tanto prestígio que ele tinha não
resolveu nada. Não resolveu nada, nada mesmo. Ao contrário muita pirotecnia”,
afirmou.
Segundo
Robinson, Henrique “nunca viveu o cotidiano das nossas cidades, nunca andou no
interior fora do calendário eleitoral, não dialoga com a sociedade, com as
corporações, servidores. Agora sim quer dialogar, posar de moderado, nunca foi
moderado. É um candidato que teme o voto livre. Se não temesse o voto livre,
não teria feito o acordão”, disse, ao criticar a política de aliança do
peemedebista, que tenta contemplar todas as correntes políticas dos municípios.
“Ele
quer ter com ele todos votando nele, ou ele não se acha preparando para o
debate? Ele não confia nas suas propostas? Quer chegar a Pau dos Ferros e ter o
apoio da bandeira verde que na vida toda lutou por ele e quer também ao seu
lado a bandeira vermelha? Ele quer ter os dois palanques por que tem medo da
disputa democrática nas cidades do interior. Ele quer um acordão em Natal e no
estado inteiro. Isso demonstra uma fraqueza, medo muito forte de enfrentar o
julgamento das pessoas”, completou.
Do JH
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