A
inflação registrou alta de 0,55% em abril, mas voltou a ficar abaixo do teto da
meta do governo pela primeira vez em quase um ano, um alívio ao governo de
Dilma Rousseff em meio aos esforços para controlar os preços sem prejudicar a
frágil recuperação da economia.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 6,49% nos 12
meses até abril, abaixo dos 6,59% de março e e de volta à meta do governo. Os
dados foram divulgados nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).
A meta de inflação é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou menos.
No ano, a inflação acumulada é de 2,5%, acima dos 1,87% relativos ao mesmo período do ano passado.
A meta de inflação é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou menos.
No ano, a inflação acumulada é de 2,5%, acima dos 1,87% relativos ao mesmo período do ano passado.
Alimentos e remédios pressionam
Os alimentos continuam mostrando desaceleração nos preços, porém ainda são responsáveis por 44% do índice de inflação. O tomate e a batata inglesa continuam registrando alta nos preços.
Com alta de 2,99%, os remédios lideraram a lista dos principais impactos do indicador no mês. Os custos com empregados domésticos também tiveram forte impacto no IPCA de abril.
Inflação 'pegou' governo de surpresa
A inflação em 12 meses tem subido desde junho do ano passado em meio à alta dos preços de alimentos e vários serviços. O aumento pegou o governo de surpresa no momento em que nenhum outro país da América Latina com metas de inflação estava preocupado com o nível de preços, e fez o BC tirar os juros da mínima recorde no mês passado, levando a Selic a 7,5% ao ano e com indicação de que o ciclo de aperto monetário vai continuar.
BC pode subir juros
Isso, por sua vez, torna mais provável que o BC suba os juros por uma margem pequena nos próximos meses, apenas para manter as expectativas de longo prazo sob controle, segundo economistas.
"O declínio da inflação em 12 meses para qualquer nível abaixo do teto da meta de 6,5 por cento é uma boa notícia para o Banco Central, e dá outra razão para que ele continue o ciclo de aperto monetário com cautela", afirmou o economista do Deutsche Bank José Faria, em relatório.
O BC deve subir a taxa básica de juros em mais 0,75 ponto percentual até o fim do ano, para 8,25%, de acordo com a mediana das projeções da pesquisa semanal Focus do BC. A expectativa para a inflação é de que ela recue dos atuais níveis mas permaneça longe do centro da meta, terminando 2013 a 5,71% e 2014 a 5,76%.
Os alimentos continuam mostrando desaceleração nos preços, porém ainda são responsáveis por 44% do índice de inflação. O tomate e a batata inglesa continuam registrando alta nos preços.
Com alta de 2,99%, os remédios lideraram a lista dos principais impactos do indicador no mês. Os custos com empregados domésticos também tiveram forte impacto no IPCA de abril.
Inflação 'pegou' governo de surpresa
A inflação em 12 meses tem subido desde junho do ano passado em meio à alta dos preços de alimentos e vários serviços. O aumento pegou o governo de surpresa no momento em que nenhum outro país da América Latina com metas de inflação estava preocupado com o nível de preços, e fez o BC tirar os juros da mínima recorde no mês passado, levando a Selic a 7,5% ao ano e com indicação de que o ciclo de aperto monetário vai continuar.
BC pode subir juros
Isso, por sua vez, torna mais provável que o BC suba os juros por uma margem pequena nos próximos meses, apenas para manter as expectativas de longo prazo sob controle, segundo economistas.
"O declínio da inflação em 12 meses para qualquer nível abaixo do teto da meta de 6,5 por cento é uma boa notícia para o Banco Central, e dá outra razão para que ele continue o ciclo de aperto monetário com cautela", afirmou o economista do Deutsche Bank José Faria, em relatório.
O BC deve subir a taxa básica de juros em mais 0,75 ponto percentual até o fim do ano, para 8,25%, de acordo com a mediana das projeções da pesquisa semanal Focus do BC. A expectativa para a inflação é de que ela recue dos atuais níveis mas permaneça longe do centro da meta, terminando 2013 a 5,71% e 2014 a 5,76%.
Do
Estadão
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