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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Semana marcada pelo início do julgamento do mensalão

O julgamento do mensalão está nas capas das revistas semanais, nos editoriais dos grandes jornais, nas principais colunas e nos principais noticiários dos veículos brasileiros.

Na próxima quinta-feira, dia 2, onze ministros do Supremo Tribunal Federal começarão a virar mais uma página da história recente do país.

O "mensalão do PT" foi, sem dúvida, o maior escândalo de corrupção da presidência de Luís Inácio Lula da Silva. Não deu impeachment porque a oposição, leia-se PSDB, também havia cometido pecados juntamente com o principal operador do esquema, o publicitário Marcos Valério, o carequinha.

O destino dos 38 réus, entre eles José Dirceu, um dos principais políticos do PT, será decidido pelos onze ministros do STF à luz das provas juntadas pela Polícia Federal e pela Procuradoria Geral da República.



O julgamento será técnico e extremamente político. O fantasma da impunidade deverá atormentar muita gente no plenário do supremo tribunal.



As provas e os indícios noticiados pela imprensa dão conta que foi montado um esquema de pagamento de vantagens aos partidos e congressistas que davam apoio ao governo do presidente Lula nos anos de 2003 e 2004. Foram destinados milhões de reais de estatais e bancos públicos via agências e empresas privadas dos acusados.



Nenhum parlamentar do Rio Grande do Norte foi agraciado com dinheiro do mensalão. Tampouco se registrou envolvimento do diretório estadual do PT potiguar.

Mas, a exemplo de outros diretórios, o PT do Rio Grande do Norte deverá acompanhar o julgamento com bastante atenção, afinal, José Dirceu sempre exerceu grande influência entre os petistas potiguares. Fernando Mineiro, pré-candidato do PT em Natal, é um dos mais ligados ao ex-ministro da Casa Civil. E tem a campanha eleitoral. O mensalão é propaganda negativa na caça aos votos.

O mensalão do PT não é muito diferente da relação promíscua entre governos e parlamentos ao longo do tempo. Essa turma que está sendo julgada hoje não inventou a roda. A troca de cargos, convênios e verbas por apoio político é uma realidade no governo federal, nos governos estaduais e municipais.

Me arrisco a dizer que nenhum governo escapa. Só muda o "modus operandi". Ea intensidade. Os operadores do mensalão do PT deram azar ao negociar com Roberto Jefferson, delator do esquema. Ninguém calculou o risco.

Roberto Jefferson não conseguiu evitar o impeachment de Fernando Collor em 1992. Mas queria provocar o de Lula em 2005. Não conseguiu nem uma coisa, nem a outra.
nominuto.com

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