Contatos

Contatos

domingo, 3 de abril de 2011

Jovens Riachocruzense não gostam de política, será?

http://f.i.uol.com.br/folha/brasil/images/08078149.jpg
Jovem que gosta de política hoje em dia é coisa rara.

A principal razão que afasta os jovens da política é o modo arcaico como ela é abordada. Os poderosos falam e escrevem para um circuito muito restrito de ouvintes e leitores e conseqüentemente geram um desinteresse muito grande por parte dos jovens. Dessa forma é a política que acaba abandonando os jovens e não vice-versa.

Os jovens brasileiros, segundo a Unicef, consideram os partidos políticos importantes, mas preferem não participar de uma legenda por não gostarem de política e por acharem que não possuem amadurecimento. Com isso somente uma minoria vota e faz campanha para o candidato de sua preferência. Nesse cenário o país perde uma militância jovem para grupos religiosos, associações esportivas e grupos artísticos.

A participação dos jovens na política nacional restringe-se hoje aos livros de história. Mas nem sempre foi assim. A última grande participação dos jovens na política foi em 1992, quando eles ajudaram no impeachment do ex-presidente Fernando Collor. A ocupação de cargos eletivos por jovens ainda é pequena. Dos 513 deputados federais, por exemplo, apenas oito tem menos de 30 anos. As estatísticas são desfavoráveis, mas a melhora surgirá quando a juventude passar a ter uma visão crítica e aprender a importância da política.

Essa situação está intimamente ligada a renda e o grau de educação dos jovens. Quanto maior a renda do jovem, maior seu grau de participação em organizações sociais. A grande ligação para que o jovem possa participar mais da vida política e da sociedade é a educação. O jovem pobre tem uma grande dificuldade de acesso à educação e não tem estímulo. Já o jovem com renda familiar melhor tem condição de ir a uma escola particular e lá tem mais acesso à informação e mais estímulo para participar da vida política do país.

O que diga para os jovens e principalmente para os jovens de Riacho da Cruz, é que, o desencanto com a política não pode limitar a nossa participação. Não basta apoiar ou ser apoiado numa eleição, o jovem tem que tornar-se um cidadão politizado para poder reinvidicar, sugerir, opinar etc. Educando nossa juventude para a política, no futuro não precisaremos combater os homens eleitos.

Chega de tantos políticos experientes no Brasil, experientes no roubo, na corrupção, nos esquemas, safadezas. Esse tipo de experiência não nos interessa, devemos escolher os inexperientes, mas que trabalham, buscam a melhoria da população, não cobram propina etc. Vamos observar em outubro de 2012 nossa juventude, vamos escutá-los e quem sabe aumentarmos a participação dessa classe na política municipal e nacional.

Um comentário:

  1. O jovem brasileiro passa por um processo de alienação enquanto caminho de inclusão e participação na arena decisória da vida política nacional. O motivo desse distanciamento e falta de interesse por participar em uma atividade que já foi um campo privilegiado da ação dos jovens não pode ser atribuído, no entanto, apenas a uma crise de valores dominante na conjuntura política nacional.

    O fenômeno é complexo e só pode ser compreendido como processo histórico e social. O regime militar foi precedido por uma intensa atividade dos jovens brasileiros, que, mesmo durante parte da ditadura, foram um dos principais atores políticos e, talvez, aqueles que de maior visibilidade, pela constante presença na praça pública.

    A ação repressiva dos anos 70 cassou a palavra desses jovens e os empurrou para a luta armada. O sacrifício de parte dessa juventude, por outro lado, criou no seio familiar o temor de que seus filhos se envolvessem com política, passando a desencorajar sua inserção no meio.

    ResponderExcluir