Momento Saúde com o Enfermeiro willy

Caros Leitores estou de volta após uma parada para a semana santa. O MOMENTO SAÚDE traz para você leitor um pouco sobre o uso excessivo de ÁLCOOL que apesar de ser aceita pela sociedade, oferece uma serie de perigos tanto para quem o consume como tambem para pessoas que vivem proximas desses consumidores.

ÁLCOOLISMO:

Considerado doença pela Organização Mundial de Saude, o alcoolismo é o conjunto de problemas relacionados ao consumo excessivo e prolongado do álcool, é entendido como o vício de ingestão excessiva e regular de bebidas alcoólicas, afetando a saúde física, o bem estar emocional e o comportamento do individuo.

 Podemos encontrar dentro do alcoolismo a existência da dependência, a abstinência, o abuso (uso excessivo, porém não continuado), intoxicação por álcool (embriaguez), distúrbios de ansiedade, sexuais, do sono e o delirium tremens.

O ÁLCOOL NO ORGANISMO:

O etanol é o álcool encontrado nas bebidas, a mesma é resultante do processo de fermentação de alguns elementos naturais como a cana-de-açúcar (aguardente) e a cevada (cerveja). Quando ingerido o etanol é levado pela corrente sanguínea até o cérebro, após ter sido digerido pelo estomago e absorvido pelo intestino. A longo prazo o álcool tende a prejudicar todos os órgãos, em especial o fígado.

Algumas inflamações podem ocorrer pelo uso do álcool com, por exemplo: a Gastrite (no estomago), Pancreatite (no pâncreas), Neurites (nos nervos) e a Hepatite alcoólica (no fígado).

EFEITOS EMOCIONAIS:

Os efeitos emocionais e comportamentais são muito freqüentes e variáveis conforme a tolerância do individuo e a dose ingerida. A pessoa intoxicada com álcool pode fazer coisas que normalmente não faria, como, por exemplo, dirigir um carro em alta velocidade. As alterações do humor também são muito comuns, ocasionando raiva, comportamento violento, depressão e ate mesmo o suicídio.

EFEITOS SOCIAIS DO ÁLCOOL:

Como vimos anteriormente à dependência do álcool ou seu uso excessivo trás vários problemas para o organismo do individuo, porem esses problemas não se restringe apenas ao organismo, interferindo também em seu meio social, chegando a comprometer sua relação com familiares, amigos e no próprio meio de trabalho, levando muitas vezes a violência domestica, comportamentos anti-sociais, desentendimento entre o casal e até mesmo                        diminuição da produtividade no trabalho.

SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA AO ÁLCOOL:

Ocorre em pacientes que fazem uso de álcool em grande quantidade e por tempo prolongado, e que param de consumir a bebida. Os sintomas mais comuns são: náuseas, vômitos, tremores, irritabilidade, ansiedade, sudorese, pupilas dilatadas e taquicardia (aumento da freqüência cardíaca). A abstinência pode evoluir para uma condição clinica mais grave que iremos ver a seguir, o delirium por abstinência do álcool.

DELIRIUM TREMENS:

Essa situação é considerada uma emergência medica, pois quando não tratada adequadamente pode levar a morte. O indivíduo apresenta confusão mental (a pessoa não sabe onde está, em que dia está não consegue prestar atenção em nada, tem um comportamento desorganizado, sua fala é desorganizada, a noite pode ficar mais agitado do que de dia), tremores intensos, convulsões, febre, taquicardia, sudorese, ansiedade, insônia, podendo apresentar alucinações, flutuação do estado de consciência.

TRATAMENTO:

O tratamento mais apropriado para cada paciente deve ser estabelecido com o grau de dependência e do ponto de desenvolvimento da doença em que se encontra a pessoa. Os casos devem ser considerados individualmente, já que não existe um tratamento ideal para o alcoolismo. Vale lembrar que as recaídas são comuns em pacientes alcoólatras, neste caso pode ser útil iniciar o tratamento ajudando o paciente a reconhecer seu problema e a necessidade de tratar-se e de tentar abster-se do álcool. Algumas medicações podem ser utilizadas durante uma internação para a desintoxicação, medicações essas que podem tem por finalidade diminuir ou bloquear a vontade e o prazer de beber.

Uma alternativa que tem se mostrado bastante eficaz no tratamento e no acompanhamento familiar desses pacientes tem sido os grupos de alcoólatras anônimos, que são grupos de auto-ajuda.

ATENÇÃO:

Sem duvida nenhuma o fato que mais preocupa atualmente é a embriaguez ao volante. Para um motorista que faz uso de bebida alcoólica o perigo é ainda maior, já que os reflexos ficam alterados, mais lentos, o motorista pode adormecer ao volante, alem de perder a visão periférica, que é a capacidade de enxergar objetos fora do campo central da visão. Todas essas situações que se mostram evidentes com o uso de álcool so aumentam as chances de acidentes de trânsito. Atualmente o Código de Transito Brasileiro prevê um limite no nível de álcool ingerido por quem dirige. Essa quantidade corresponde a três décimos de grama de álcool em cada litro de sangue, ou seja, uma pessoa que pesa 80 kg pode consumir ate dois copos de cerveja ou uma dose de bebida destilada. Quantidades acima deste limites são caracterizadas como embriaguez. Vale ressaltar que o motorista que dirige alcoolizado alem de estar colocando vidas de muitas pessoas em risco, pode perder sua carteira de habilitação, ter seu veiculo apreendido, pois o mesmo constitui infração gravíssima e crime, podendo neste caso ser condenado à prisão.

Outro fato que merece destaque e preocupação principalmente pelos pais, é a combinação entre adolescência e álcool. É comum nessa fase da vida a busca por novas experiências e sensações, levando muitas vezes o adolescente a entrar em contato precocemente com o álcool, trazendo prejuízos para o próprio desenvolvimento do individuo como também para sociedade em geral. O poder publico juntamente com os conselhos tutelares devem aderir a medidas de promoção e prevenção voltadas para inibir a pratica cada vez mais precoce do uso de álcool, levando em consideração os fatores negativos que essa pratica vem trazendo a toda sociedade, e ate mesmo constituindo um grande problema de saúde publica.

Se você é adolescente é importantíssimo procurar manter-se informado sobre os riscos relacionados ao consumo de álcool.

FRANCISCO WILLY

Enfermeiro