Decisão de Vallisney Oliveira foi tomada em
processo que apura pagamento de propina para liberação de recursos do FI-FGTS,
administrado pela Caixa; saiba o que os condenados disseram.
O juiz Vallisney Oliveira, da Justiça Federal
de Brasília, condenou o deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ) e mais quatro
pessoas por envolvimento na cobrança de propina de empresários em troca de
contratos com a Caixa Econômica Federal
Saiba abaixo quem foi condenado, o crime
atribuído, a pena de prisão e a multa a ser paga:
• Eduardo
Cunha, ex-presidente da Câmara: Violação de sigilo funcional, corrupção passiva
e ativa e lavagem de dinheiro (pena: 24 anos e 10 meses, em regime fechado,
mais multa de R$ 7 milhões como reparação do dano);
• Henrique
Eduardo Alves, ex-presidente da Câmara: Lavagem de dinheiro (pena: 8 anos e 8
meses de prisão, em regime fechado, mais multa de R$ 1 milhão como reparação do
dano);
• Fábio
Cleto, ex-vice-presidente da Caixa: Violação de sigilo funcional, corrupção
passiva e lavagem de dinheiro (pena: 9 anos e 8 meses, em regime fechado,
seguindo termos da delação. Teve redução de 2/3 em razão do acordo);
• Lúcio
Funaro, operador financeiro: Violação de sigilo funcional, corrupção ativa e
lavagem de dinheiro (pena: 8 anos, 2 meses e 200 dias; cumprirá prisão
domiciliar conforme termos da delação. Teve redução de 2/3 em razão do acordo);
• Alexandre
Margotto, empresário e ex-auxiliar de Funaro: Corrupção ativa (pena: 4 anos, em
regime aberto, considerando termos da delação. Teve redução de metade em razão
do acordo).
>> Saiba mais abaixo as versões dos
condenados
A decisão do juiz foi tomada em um processo
no âmbito da Operação Sépsis, que apura o pagamento de propina para liberação
de recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.
Operação Sépsis
A operação teve como base delações de Fábio
Cleto e de Nelson Mello, ex-diretor da empresa Hypermarcas.
De acordo com investigadores, Fabio Cleto
informava os nomes das empresas que pediam financiamento com recursos do FGTS a
Lúcio Funaro, que procurava as empresas e pedia propina para agilizar a
liberação do dinheiro.
G1
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