Anúncio
foi feito à imprensa ao fim da manhã. Entre as medidas estão aquisição de
viaturas e convocação dos policiais afastados da ativa para o patrulhamento das
ruas.
A
cúpula de segurança do Governo do Estado se reuniu e anunciou nesta
quarta-feira (7) que pretende mostrar imediatos resultados contra os índices de
insegurança que assolam o Estado. Entre as medidas está a convocação de todos
os policiais que integram a força de segurança potiguar; a aquisição de 50
viaturas que começam a operar a partir do dia 15; a criação de uma delegacia
especializada em homicídios e a reestruturação do Instituto Técnico de Polícia,
o Itep. Presente à reunião, o governador Robinson Faria realçou que o empenho
da equipe é termômetro para medir o sucesso que pretendem alcançar.
“É
certo que governos anteriores também prometeram melhorias na segurança, mas é
nesse governo que a Secretaria de Segurança Pública está sendo entregue a
técnicos, sem ingerência política, para que seja feito o que é necessário
fazer”, afirmou Robinson, cuja principal bandeira de campanha foram promessas
para a melhoria da segurança pública. Em que pese o anúncio das medidas, não
foi assegurado se haverá recursos para arcar com as despesas necessárias.
Apontado
como um dos principais problemas a ser combatido, déficit de homens será
contornado inicialmente com a convocação de todos os policiais militares.
Segundo os números disponibilizados para a imprensa, os quadros da Polícia
Militar são compostos por até 13.466 pessoas, mas apenas 8.848 postos estão
preenchidos. Desses, quase 30% estão fora das ruas em face de cessões,
licenças, afastamentos ou trabalho administrativo, o que significa dizer que,
efetivamente, há cerca de 6.100 homens no patrulhamento do Rio Grande do Norte.
“Esses
policiais serão chamados para fazer o trabalho na rua. Também sei que há
desmotivação entre eles, mas peço um voto de confiança. Muitos desses homens
fazem ‘bicos’ por fora. Convocamos para que façam esse ‘bico’ dentro da
corporação. Para que vão para as ruas”, conclamou a secretária de Segurança,
Kalina Leite, segundo quem o governo se compromete a honrar as despesas com
diárias operacionais e horas extras para que seja possível manter os policiais
nas ruas o tanto quanto seja necessário.
A
falta de mão de obra humana também é uma questão a ser vencida na Polícia
Civil, onde há déficit de 3.545 homens. Não foram anunciadas, no entanto, medidas
como concurso público para cobrir a carência. Por outro lado, o delegado geral
da Polícia Civil Stênio Pimentel, afirmou que uma das prioridades do governo
para a área e a criação de uma delegacia especializada em homicídios.
Diretor
do Itep, Odair de Souza apresentou como meta prioritária a reestruturação do
Itep. Ele precisou R$ 3,4 milhões em dois convênios com a Secretaria Nacional
de Segurança Pública para a compra de equipamentos para aparelhar o instituto.
Também citou que, com trânsito em Brasília com as fontes de sua área (ele é
perito da Polícia Federal), será mais fácil estreitar os laços de diálogo com o
governo federal.
Para
as causas da violência, a secretária de Segurança prometeu um programa de
combate ao tráfico de drogas e citou especialmente um programa de prevenção ao
crack. Ela informou que será uma ação integrada com outras pastas. Além das
fontes citadas nessa matéria, participaram da reunião os comandantes da Polícia
Militar, coronel Ângelo Mário de Azevedo, e Corpo de Bombeiros, coronel Otto
Ricardo Saraiva, e o secretário adjunto de Segurança, delegado da Polícia
Federal Caio Bezerra.
Portal No Ar
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