Sangria'
foi deflagrada em Caraúbas, Mossoró, Campo Grande e Apodi. Investigação apontou
desvio de mais de R$ 11 milhões em fraudes.
O
Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagrou na manhã desta terça-feira
(14), a Operação Sangria, destinada a desarticular quadrilha que fraudava
procedimentos licitatórios e/ou a execução contratual no município de Caraúbas,
no período de 2008 a 2013. Os contratos celebrados com as fraudes investigadas
somam a quantia de R$ 11.710.672,30 e, de acordo com o Ministério Publico, resultam em grande
prejuízo aos cofres públicos do município de Caraúbas.
Cerca
de 130 policiais militares apoiam os promotores de Justiça no cumprimento dos
mandados de buscas e apreensões e prisões temporárias. Foram expedidos pelo
juízo da comarca de Caraúbas 41 mandados de busca e apreensões e 12 mandados de
prisões temporárias, os quais estão sendo cumpridos nas cidades de Caraúbas,
Mossoró, Campo Grande e Apodi.
As
diversas investigações abrangeram as áreas de construção civil, locação de
veículos, fornecimentos de combustíveis, fornecimento de merenda escolar e
material de expediente, de limpeza, contratação de serviços clínicos (serviços
ambulatoriais) e serviços gráficos. As investigações tiveram a participação do
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), dos Centos de
Apoio às Promotorias de Justiça do Patrimonio Público e de Defesa da Saúde e do
Grupo de Atuação Regional de Defesa do Patrimônio Público (GARPP).
Segundo
o MP, foi verificado que em comum nas fraudes tinha-se um grupo de gestores,
servidores e empresários associados com o objetivo claro de fraudar o
procedimento regular licitatório - agindo sob o modus operandi de montagem das
licitações - e/ou fraudando a execução dos contratos que se seguiam.
Os
contratos celebrados com as fraudes investigadas somam a quantia de R$
11.710.672,30 e se tratam de licitações direcionadas a empresas vinculadas a
alguns gestores, prejudicando a disputa por menor preço; execuções contratuais
realizadas de modo a beneficiar particulares em detrimento do interesse público
e desvio de dinheiro realizado através do pagamento por mercadorias
efetivamente não entregues pelos contratados.
Informações
Extra-oficiais:
Presos
no Presídio Provisório "Manoel Alves Pessoa Neto", em Caraúbas:
Presidente da Câmara Ailton Praxedes
Fernandes, conhecido por Novinho Praxedes;
Secretário de Finanças Patrício Rogério
Brito;
Gessivan Geraldo de Sousa coordenador da
distribuição de merenda escolar em 2013;
Empresário Canindé Barbudo;
Ex- Secretário de Infra-Estrutura, Obras e
Serviços Públicos Keyoshe Targino;
Centro
de Detenção Provisória Feminino (CDP Feminino) em Mossoró:
Ex-secretária de Saúde, Juliana Fernandes;
Ex-secretária de Educação Vânia Praxedes.
Outros
nomes ainda estão sendo ouvidos, como é o caso do controlador da Prefeitura de
Caraúbas, André Viana.
Na
promotoria de Justiça de Mossoró, os promotores informaram que o trabalho agora
será de concluir as oitivas dos suspeitos e logo em seguida, não havendo mais
razões para ficarem presas, a juíza Daniela Rosado deve determinar a liberdade.
Com
relação a documentação, que consiste basicamente a um caminhão lotado, será
toda separada e analisada por peritos nomeados pelos promotores e pelos
próprios promotores de Justiça que estão designados para trabalhar no caso pelo
procurador geral de Justiça.
G1 e Icem
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