O
vice-governador, Robinson Faria do PSD, virou a disputa e foi eleito governador
do Rio Grande do Norte. Ele derrotou o deputado federal e presidente da Câmara,
Henrique Eduardo Alves do PMDB, que chegou ao segundo turno com mais votos.
Robinson
Faria contou com o apoio do PT local e enfrentou um "acordão" de 17
partidos que apoiaram Henrique Alves. A presidente, Dilma Rousseff, não se
intrometeu na disputa que dividiu a base aliada no Estado. Já o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva gravou um vídeo de apoio a Robinson Faria,
considerado um dos motivos de sua vitória.
Seu
cargo foi alvo dos principais ataques de seu adversário. Faria retrucava a
Alves que integrantes da sua coligação também participaram do governo com
diversos cargos no Executivo estadual. Outra estratégia do governador eleito
foi se descolar da imagem de Rosalba Ciarlini (DEM), e de seu alto índice de
rejeição. A governadora, por sua vez, optou por não apoiar nenhum dos
candidatos.
Mais
ataques
Na
reta final, com o crescimento de Robinson nas pesquisas, o clima esquentou e as
acusações se intensificaram. No último debate, por exemplo, adjetivos como
"arrogante", "mentiroso" e "irresponsável" se
destacaram.
Em
seu programa de TV, Alves acusou o adversário de ter omitido na declaração de
bens que é dono de um empreendimento com 98 apartamentos financiados pelo Minha
Casa, Minha Vida, em Parnamirim (na Grande Natal). Além disso, Alves disse que
Robinson estava em débito com as taxas de condomínio, em um valor total de R$
153 mil.
O
candidato do PSD negou as denúncias e apresentou uma certidão de que não havia
débitos. Ele explicou que os imóveis são fruto de uma permuta com uma
empreiteira de um terreno de sua propriedade. Faria conseguiu também direito de
resposta no programa do adversário e acusou Alves de estar envolvido em
"inúmeros escândalos e investigações".
A
briga extrapolou a esfera eleitoral, e Robinson Faria anunciou que está
processando o deputado federal por difamação e injúria.
Uol noticias
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