Ações
emergenciais precisam ser realizadas, é fundamental investimentos na
prevenção.
Especialistas
em segurança pública no Rio Grande do Norte apontam os desafio de Robinson para com a segurança publica. Eles ressaltam a necessidade de
investimentos para controlar e combater o avanço da criminalidade, inclusive,
com políticas públicas voltadas para o social, impedindo o ingresso de crianças
e adolescentes na marginalidade.
Cezar
Alves
O
primeiro passo para o novo Governo é ter a coragem de assumir politicamente que
o atual modelo de gestão de segurança faliu em todos os termos. Passar a
investir em educação de qualidade em escolas construídas em locais amplos e bem
arborizados com equipamentos de esportes, bem como opções culturais,
laboratórios de qualificação profissional em áreas diversas para que o garoto
estude no horário da manhã e a tarde aprenda uma profissão, em um ambiente
sadio.
Paralelo a isto, investir em políticas públicas que possibilite a reestruturação familiar para que os pais sentem à mesa para almoçar com os filhos.
Para enfrentar a tragédia do momento, de agora, ė preciso colocar os presos para trabalhar, fechando assim uma das principais faculdades de bandidos da atualidade.
Para reduzir assaltos e homicídios, o desafio deste governo será investir em Polícia Civil e Inquéritos Policiais para que os casos que já aconteceram sejam investigados e os bandidos presos. E que terminem punidos corretamente na forma da LEI.
Essa reestruturação passa essencialmente por construção de delegacias e prédios para ITEP.
Para todas estas saídas/desafios o Governo Federal dispõe de recursos, basta apenas o Governo do Estado e os municípios fazerem os projetos e trabalharem.
Os países que investiram no homem, na formação, vivem em paz. Cito Áustria, Noruega, Holanda, Finlândia, Suécia e, agora, a Nova Zelândia. Os países que seguiram o modelo americano de combate à violência estão em guerra: cito Honduras e México. Infelizmente, nosso Brasil está entrando no modelo americano, daí tantas mortes, 56 mil/ano, com destaque para o RN, BA, AL, MA.
Ivênio
Hermes
Vivemos
um grande problema no Estado que é o índice crescente de violência homicida.
Acontece que o que chega à Segurança Pública é o rescaldo do que não foi feito
adequadamente em outros campos.
Priorizar
a Segurança Pública é muito importante, mas para isso precisamos lembrar que é
preciso investir em políticas públicas, para inclusão de jovens no primeiro
emprego, reestruturação dos conselhos sociais, oferecendo cultura aos jovens e,
claro, a educação.
Investindo
nessas áreas, conseguiremos melhor a Segurança Pública, mas, prioritariamente,
tem-se que combater a violência que já está em atuação e, para isso, é preciso
reorganizar o Estado em termos de policiamento.
Defendo
que seja feita uma unificação de áreas de atuação, entre a Polícia Civil e a
Polícia Militar, para que possam trabalhar em conjunto.
Além
disso, defendo que seja criada uma Delegacia de Homicídios efetiva e não igual
a essa que está em exercício, para que ela possa atuar de maneira mais
abrangente.
Devemos
cuidar ainda, para que a transparência seja respeitada. Temos, inclusive,
através de seminários e de comissões, conseguido a unificação do termo CVLI
(classificação de Crimes Violentos Letais Intencionais), mas que ainda não teve
prosseguimento porque o Ministério Público pediu vistas ao processo. Porém, acredito
que se tivermos transparência poderemos direcionar melhor as políticas públicas
de segurança para a resolução de problemas e o reestabelecimento da cultura de
paz.
Raimundo
Rolim
Espero
que o novo governador priorize a área de Segurança Pública com políticas claras
e objetivas, a exemplo do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que
implantou o Pacto pela Vida, com relação aos índices alarmantes de homicídios
que ocorriam naquele Estado, bem como, se reunia periodicamente com todas as
autoridades incumbidas de administrar a Segurança Pública em cada região do
Estado, dando-lhes condições estruturais e cobrando resultados com
produtividade.
Espero
ainda investimento em tecnologia e Inteligência policial, ação emergencial
necessária a qualquer política pública de governo que pretenda enfrentar a
criminalidade moderna, que está dominando no país e principalmente no RN.
É
importante ainda a criação urgente da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa
para combater a violência homicida que assola nosso Estado. O modelo atual é
querer "tapar o sol com uma peneira". Não funciona e a prova está aí.
Desestruturaram as Delegacias Especializadas e Distritais que já careciam de
mais efetivos e retirando os policias conseguiram deixar a situação pior.
O
efetivo atual da Polícia Civil do RN é insuficiente para atender a demanda,
havendo a necessidade urgente de abertura de edital para concurso público e
contratação de novos Delegados, Agentes e Escrivães. E, faz-se necessário
ainda, em caráter de urgência, aquisição de equipamentos básicos para qualquer
policial trabalhar, como pistolas, algemas e coletes balísticos. É inadmissível
ver policiais nas Delegacias de Plantão utilizando revólveres e pistolas
compradas com o próprio salário.
Portal BO
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