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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Eleição de Robinson é a vitória da superação mais aguardada no Rio Grande do Norte!

Robinson cresceu no terreno fértil marcado pela insatisfação popular. Arregimentou um exército voluntário, “caiu nas graças do povo”. A vitória era questão de tempo.
Chega ao final um dos embates eleitorais mais emocionantes da história recente do Rio Grande do Norte. Com muitas lições absorvidas. A primeira delas é básica e conhecida: Não há governador eleito de véspera.  A segunda é a repetição da tendência do eleitor potiguar de reagir contra grandes estruturas e mostrar-se independente.

Há três grandes vencedores nesta eleição. A senadora eleita Fatima Bezerra (PT), o governador eleito Robinson Faria (PSD) e o seu vice eleito, deputado estadual Fabio Dantas (PCdoB). Visionário na tomada de decisões, jogador de apostas altas, “Fabinho” acreditou em Robinson quando sua eleição era vista como “improvável”.

Numa campanha de superação, Robinson teve a competência de sustentar a luta contra tradicionais forças políticas, a paciência de esperar o seu momento quando viveu a vitória de Fátima Bezerra no 1º turno e a frieza necessária para enfrentar a dureza dos ataques que sofreu combatendo numa trincheira contra velhos generais.

Com 11 mandatos de deputado federal, decano presidente do Congresso Nacional, Henrique Alves (PMDB) reuniria, em tese, uma serie de atributos que lhe renderiam consistência para a corrida eleitoral. Mas ele fez o mais difícil. Cercou-se de gente acomodada e arrogante. Errou na mão do marketing no primeiro e no segundo turno.

O segundo turno foi marcado pela ampliação do distanciamento entre o candidato do PMDB e seus liderados. Faltou atenção e respeito pelos apoiadores. É o que ouvi a campanha inteira. De inúmeras lideranças, entre elas prefeitos respeitados que não fariam o menor esforço porque sequer recebiam um telefonema de Henrique.

Robinson cresceu neste terreno fértil marcado pela insatisfação popular. Arregimentou um exército voluntário, “caiu nas graças do povo”, como diz o jargão. A vitória era questão de tempo. Sem compromissos ou amarras com estruturas tradicionais, Robinson fincou bases valorizando cada apoio, não importando “tamanho” da liderança.

Como uma águia política, nadou de braçadas no vácuo aberto, foi humilde, trabalhou com equipe de gente talentosa. Valorizou pessoas que foram desprezadas por muitos. Essa turma deu sangue. Motivadas a mostrar seu valor, atuaram em diversas funções da campanha. Foi esta a vitória da superação.

A Robinson Faria, por quem tenho admiração pessoal, desejo boa sorte e sucesso. Que Deus lhe dê a serenidade e sabedoria necessárias para enfrentar os desafios que lhe serão impostos para realizar o seu desejo de transformar o RN num Estado mais justo e desenvolvido.

Jean Valério – Jornalista

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