Fotógrafa potiguar Isadora Aragão, de 28 anos, foi uma das primeiras pacientes diagnosticadas com o novo coronavírus no estado potiguar.
A fotógrafa potiguar Isadora Aragão, de 28 anos, foi uma das primeiras pacientes diagnosticadas com o novo coronavírus no Rio Grande do Norte, ainda em meados de março. Hoje, sem sintomas, abriu seu perfil no Instagram (@isadoraaragao) para prestar apoio emocional às pessoas que estão sentindo os efeitos da doença, para tentar acalmá-las.
“Como já sofro de ansiedade, chegou uma hora que eu não sabia o que era sintoma do vírus e o que era da ansiedade. Então é importante que todos fiquem tranquilos. Abri meu perfil e tenho recebido muita mensagens, tanto com dúvidas sobre os sintomas, quanto em busca desse apoio emocional”, conta.
Isadora começou a sentir os sintomas da Covid-19 em 15 de março, 10 dias após ter contato com uma pessoa que também testou positivo para o novo coronavírus. No primeiro dia, teve dores abdominais. No segundo, veio a tosse seca e no terceiro dor de cabeça. Febre, diarréia, perda do olfato e paladar, além do cansaço, chegaram no 4º dia.
Segundo Isadora, o cansaço era tanto que só de sair de um cômodo para outro, tomar banho ou até mesmo levantar para ligar a TV já se sentia ofegante. “Mas é importante dizer também que esses foram os meus sintomas. Não necessariamente vai ser assim com todo mundo”.
Isadora Aragão relata que foi aí que procurou o Hospital Giselda Trigueiro, referência em infectologia no RN, onde ficou internada e dormiu por uma noite. Foi no Giselda também que fez o exame para confirmar a doença. Contudo só recebeu o resultado seis dias depois.
De manhã foi para casa, porém os sintomas persistiram. A fotógrafa diz que percebeu que eles se intensificaram por causa da ansiedade. “Por isso é importante ficar tranquilo. Procurar ajuda médica e se acalmar”, reforça.
Ela voltou ao médico mais duas vezes, na rede particular, onde fez exames que constataram que não tinha agravamento da doença. Isadora também procurou ajuda psicológica. A fotógrafa afirma que ficou em isolamento desde os primeiros sinais da Covid-19. “É importante isso: as pessoas, às vezes, continuam saindo de casa mesmo apresentando os sintomas iniciais. O isolamento social é muito importante”, disse.
Não houve ministração de medicamentos. Ainda de acordo com Isadora, ela se manteve em repouso, em casa, até que ficou curada, pois seu quadro não se agravou. A Secretaria de Estado da Saúde Púbica (Sesap) explica que a orientação do tratamento para os casos menos graves é para que os pacientes permaneçam em suas residências, isolados. Passados 14 dias, se não apresentarem mais os sintomas, são considerados curados clinicamente. Não existe um exame que ateste isso, mas a própria Sesap faz esse acompanhamento, por telefone.
Mesmo agora, livre da doença, Isadora Aragão segue em quarentena, para estimular que outras pessoas também permaneçam em isolamento.
g1
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