Após perder oportunidade, candidata entrou na
Justiça do Trabalho contra a empresa, mas teve pedido de danos morais negado.
Uma candidata à vaga de promotora de vendas
de uma empresa de Natal perdeu a oportunidade de emprego por causa de uma crise
ciúmes do seu companheiro, que mandou ameaças ao selecionador. Ela chegou a
processar a empresa na Justiça do Trabalho e pediu pagamento de danos morais,
mas perdeu a ação.
Conforme o processo, a candidata foi considerada
apta no exame final de admissão em abril deste ano, mas, logo depois, foi
comunicada pela empresa de que a contratação estava suspensa, sem mais
explicações.
A promotora pediu indenização por danos
morais por entender que a empresa não agiu com boa-fé, por criar falsa
expectativa de emprego, prejudicando sua recolocação no mercado de trabalho.
Por outro lado, a empresa argumentou que
desistiu de contratar a candidata depois que o companheiro dela agrediu o
responsável pela seleção, com ameaças e termos de baixo calão, alegando que o
supervisor teria se insinuado para a mulher.
A empresa afirmou que após a aprovação no
processo, o supervisou ligou para a candidata, solicitando documentos e
agendando uma conversa. Às cinco horas da manhã do dia seguinte, porém, ele foi
surpreendido com mensagens de whatsapp em texto e áudio, enviadas pelo
companheiro da promotora.
O marido da candidata, por sua vez, alegou
que a conversa entre a mulher e o supervisor "ficou martelando em sua
cabeça" a noite toda, enquanto ingeria bebida alcoólica e pensava que o
outro se insinuava para a mulher. Ele também declarou que esse não foi o
primeiro caso, pois já chegou a discutir com um outro homem, sob efeito de
remédio controlado, após vê-lo conversando com a companheira.
Com isso, a 7ª Vara do Trabalho de Natal (RN)
não acolheu pedido de indenização por danos morais de promotora de vendas. Para
a juíza Karolyne Cabral Maroja Limeira, que julgou o caso, a empresa adotou
"uma postura razoável de resguardo de problemas em relação ao seu quadro
funcional, clientela e terceiros". Ela ainda considerou "lamentável
como a conduta machista de um homem", que deveria incentivar sua
companheira a progredir na vida, possa ser tachada como "motivo
fútil", como alegou a promotora em sua reclamação.
G1
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