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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Dinheiro público...“Farra dos parentes” no Senado teve quatro irmãos de Zenaide envolvidos!

Galbê, Zilne e Zoraide, todos da família Maia, foram pagos com dinheiro público para atuar no mapeamento de 94 câmaras municipais, além da Assembleia. Agaciel, outro irmão, teria viabilizado
Três irmãos da deputada federal Zenaide Maia, candidata a senadora do Rio Grande do Norte pelo PHS, e do ex-deputado federal João Maia (PR) foram contratados sem seleção pública para trabalhar no Censo Legislativo, realizado pelo programa Interlegis, do Senado Federal, em 2005. E quem teria viabilizado a contratação foi outro irmão, Agaciel Maia, então diretor-geral da Casa.

O caso foi denunciado pelo portal Congresso em Foco. De acordo com a reportagem, os três irmãos de Agaciel e Zenaide foram pagos com dinheiro público para atuar no mapeamento de 94 câmaras municipais do Rio Grande do Norte, além da Assembleia Legislativa. O Censo Legislativo era um requisito para a manutenção de um contrato de US$ 25 milhões do Senado (de onde Agaciel era diretor-geral) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID.

Foram contratados para executar o Censo no Estado os irmãos Galbê, Zilne e Zoraide, todos Maia. Os três foram admitidos sem processo seletivo. O Congresso em Foco que parentes de outros políticos, além de Agaciel, entraram no processo, numa espécie de “Trem da Alegria”.

À época, Agaciel Maia responsabilizou o então primeiro-secretário do Senado, Efraim Filho, pelas contratações supostamente irregulares. “Pergunta para quem os nomeou. Eles são ligados ao DEM. Não tenho nada a ver com isso. Pergunte ao primeiro-secretário que era responsável pelo Interlegis na época”, afirmou ao Congresso em Foco.

“Tenho 22 irmãos, 13 são vivos. Tenho mais de 2 mil parentes em Brasília. Não tenho que dar conta da vida de todos eles”, reclamou o irmão de Zenaide.

Ex-diretor de Recursos Humanos do Senado, João Carlos Zoghbi afirmou em 2009 – no auge do escândalo dos “Atos Secretos”, no qual Agaciel também está implicado – que o Interlegis era “todo minado”.

“Ali é dinheiro de recurso internacional, de empréstimo do BID, que não passa pelo processo licitatório. Teve uma contratação de R$ 10 milhões de um censo que foi feito diretamente por eles nesse processo. E mais: o Interlegis é todo minado”, disse João Carlos à revista Época.De acordo com o Senado, o custo do Censo foi de R$ 2,5 milhões.

agorarn.com.br

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