Ana Augusta Simas foi presa pela Operação
Canastra Real, deflagrada pelo Ministério Público do Estado no dia 17. Segundo
promotores, mais de R$ 2,4 milhões foram desviados.
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do
Norte exonerou a chefe do gabinete da presidência, Ana Augusta Simas Aranha
Teixeira de Carvalho, que é investigada pelo Ministério Público do Estado por
supostamente comandar um esquema de desvio de dinheiro dentro do órgão, usando
servidores fantasmas. A oficialização da demissão do cargo comissionado está no
Diário Oficial Eletrônico desta quarta-feira (26).
Ana Augusta, que também é a primeira-dama do
município de Espírito Santo, foi o principal alvo da Operação Canastra Real,
deflagrada pelo MP no dia 17 de setembro. A investigação apura um suposto
esquema de desvio de R$ 2,4 milhões em recursos públicos na Assembleia
Legislativa do estado envolvendo servidores fantasmas. Segundo os promotores, o
esquema começou em 2015.
Ao todo, oito pessoas foram presas. Entre
elas, a própria chefe do gabinete da Presidência da AL. O marido dela, o
prefeito Fernando Luiz Teixeira de Carvalho, também foi preso, mas por porte
ilegal de arma de fogo.
A operação cumpriu 6 mandados de prisão e 23
de busca e apreensão nas cidades de Natal, Espírito Santo, Ipanguaçu e Pedro
Velho. Outras duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma
de fogo.
O esquema
Segundo as investigações, o esquema
fraudulento foi iniciado em 2015. De acordo com o MP, Ana Augusta indicava
pessoas para ocupar cargos na Assembleia Legislativa e dava o próprio endereço
residencial para constar nos assentos funcionais e nos cadastros bancários dos
servidores fantasmas por ela indicados. Cinco dos presos nesta operação são
ex-assessores técnicos da presidência da Assembleia que foram indicados por Ana
Augusta e que tinham altos vencimentos na Casa, embora não possuíssem nível
superior.
A investigação verificou que todos os
indicados possuem movimentações financeiras atípicas, recebendo mensalmente a
importância líquida aproximada de R$ 13 mil. Logo após o depósito dos valores
nas contas bancárias, as quantias eram integralmente sacadas. Essa movimentação
financeira das contas bancárias, todas com saques padronizados, de valores
idênticos, revela que os titulares não possuíam o controle de suas próprias
contas.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário