Empresário é acusado de fazer pagamentos
indevidos ao ex-governador Cabral
O empresário Eike Batista foi condenado a 30
anos de prisão em regime fechado pela 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, pelos
crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de fazer pagamentos
indevidos no valor de 16,5 milhões de dólares ao ex-governador fluminense
Sérgio Cabral, em 2011, e de tentar ocultar a propina por meio de uma operação
de lavagem de dinheiro.
Segundo a denúncia apresentada pelo
Ministério Público Federal, a fim de ocultar o pagamento a Cabral, o doleiro Renato
Chebar criou uma offshore chamada Arcadia Associados, que assinou um contrato
fictício com a empresa Centennial Asset Mining Fund, de Eike Batista, para a
possível aquisição de uma mina de ouro.
Pela falsa intermediação, a Arcadia receberia
1,12% do valor da transação. Os recursos foram transferidos de uma conta de
Eike Batista no Panamá para uma conta da Arcadia, de Chebar, aberta no Uruguai.
No mesmo processo, também foi condenado o
ex-governador Sérgio Cabral, a 22 anos e oito meses em regime fechado, pelos
crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Essa foi
a sexta condenação de Cabral em processos que apuram esquemas de corrupção no
estado do Rio de Janeiro. O ex-governador já soma penas que ultrapassam 120
anos de prisão.
Outros condenados foram a ex-primeira dama
Adriana Ancelmo (4 anos e seis meses); o ex-secretário Wilson Carlos (9 anos e
10 meses); o ex-braço direito de Cabral, Carlos Miranda (8 anos e 6 meses); e o
braço-direito de Eike, Flavio Godinho (22 anos).
Da Agência Brasil
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