Autor do projeto, João Evangelista (PR) diz
que o objetivo da lei é preservar as crianças e que "cabe aos pais
discutir a orientação sexual dos filhos".
A Câmara de Apodi, na região Oeste potiguar,
aprovou um projeto de lei que “proíbe atividades pedagógicas que visem a
reprodução de conceito de ideologia de gênero na grade de ensino da rede
municipal e da rede privada” da cidade. Autor do projeto, o vereador João
Evangelista (PR) disse que o objetivo “é preservar as crianças” e que “cabe aos
pais discutir a orientação sexual dos filhos".
O texto foi a plenário no dia 28 de novembro
e contou com votos favoráveis dos 13 vereadores da cidade. Em Apodi, a Câmara é
formada por doze homens e uma mulher. Porém, para sair do papel, o projeto
ainda precisa ser sancionado pelo prefeito.
Ainda segundo Evangelista, o projeto não
passou por nenhuma comissão da Casa ou tampouco foi discutido em audiências
públicas. Por este motivo, antes de ser sancionado, ainda pode sofrer
alterações no texto original. “Admito que podemos ter errado em não ter
aprofundado a discussão. Mas, isso ainda pode acontecer, já que está gerando
tanto polêmica”, ponderou o vereador, que é professor e tem duas filhas.
Outro lapso no texto original, também já
apontado pelo próprio autor do projeto, é a definição de ‘ideologia de gênero’
como disciplina. “Na verdade, ideologia de gênero não é uma disciplina
curricular. Portanto, não tem que ser proibida como tal. O que precisamos
evitar é a discussão do tema, o debate sobre a orientação sexual dentro do
ambiente escolar. Entendo que isso é papel dos pais, da família. Isso não cabe
aos professores”, opinou.
O G1 tentou contato com Alan Silveira, mas
ele não atendeu as ligações.
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