Dos 167 municípios do Rio Grande do Norte, 153 estão em
situação de emergência por causa da seca - considerada a mais severa da
história.
Maria Rocha é costureira e tem 63 anos de idade. É avó de
22 netos e mãe de 11 filhos. Mas, presente de fim de ano, ela só quer um: “que
chova bem muito”. Vasilhas, baldes, garrafões e tambores de água marcam o lugar
dela na fila. Com as torneiras vazias, é precisa recorrer a chafarizes para ter
o que beber.
Maria mora em Santana do Matos, na região central
potiguar. A cidade tem pouco mais de 13 mil habitantes, e entrou em colapso no
abastecimento faz um mês. “É um sofrimento sem fim. Nossa virada de ano vai ser
de oração e fé. Que Deus nos ajude, pois precisamos muito que volte a chover”,
disse ela, repleta de esperança.
Na cidade, o G1 encontrou outra Maria. Além do mesmo
nome, as dificuldades e os sonhos também são iguais. Disse ela:
"Peço a Deus todos os dias que mande chuva. O fim do
ano está chegando e eu não vou ter dinheiro para presentear meus filhos nem
meus netos. Isso é muito triste"
As previsões para 2018 são um alento, mas não garantias.
Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), o
estado deve ter chuvas acima da média ano que vem, mas nada suficiente para
encher os grandes reservatórios. Caso contrário, o sofrimento das marias e de
quase toda a população do estado não tem como diminuir.
G1
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