Segundo Larissa, as únicas pessoas que sabiam
da surpresa eram ela, sua mãe e o responsável pela confecção do vestido.
Entre todos os mínimos detalhes que cercam um
casamento, um deles sempre chama a atenção: o vestido da noiva. Tem que ser
branco, rege o costume. O noivo não pode vê-lo antes do altar, pois dá azar,
diz a crença popular. Porém, mesmo sem quebrar nenhuma dessas tradições, uma
torcedora do Palmeiras inovou. E muito!
Natural de Bauru, no interior de São Paulo,
Larissa Góes casou vestida de Palmeiras. No último sábado (3), ela entrou na
Catedral do Divino Espírito Santo com o símbolo do clube desenhado às costas do
vestido branco – rendado com seda e cravejado de brilhantes.
No altar, esperava ansioso o noivo Paulo
Vitor, que é sócio-torcedor do Palmeiras.
“A gente namorava fazia 10 anos e ele é muito
fanático. Minha família é inteira palmeirense, chega até ser chato”, brincou
Larissa, que falou com a reportagem em plena lua-de-mel, na Costa do Sauípe, no
litoral norte da Bahia.
“Foi muito emocionante. Eu chorei desde o
começo, ele chorou, o meu pai também chorou, até os corintianos choraram. E o
padre era corintiano. Todo mundo brincou, sabe, mas eu fiz pro meu noivo e ele
gostou. É isso que importa”, disse a veterinária de 27 anos.
Segundo Larissa, as únicas pessoas que sabiam
da surpresa eram ela, sua mãe e o responsável pela confecção do vestido, o
estilista Ricardo Miller, também de Bauru. O noivo Paulo Vitor nem imaginava.
“Na verdade eu não sabia de nada. O pessoal
até esperava uma surpresa porque o nosso casamento foi todo verde e branco, a
decoração, a roupa dos padrinhos. Ela entrou e a hora que eu vi o símbolo foi
só quando fomos assinar, o casório já tinha rolado um pouco, os convidados
tinham visto, e eu não. Fiquei realizado, emocionado”, disse o bancário de 28
anos, que já foi com Larissa ao Allianz Parque, no jogo entre Palmeiras x
Fluminense.
O padre corintiano
O noivo não foi o único a ter o privilégio da
surpresa. O padre Paulo Tavares, “com a graça de Deus, corintiano”, também não
sabia de nada.
“Primeiramente me chamou a atenção na entrada
dos padrinhos, as madrinhas estavam de verde e os padrinhos todos de gravata
verde. Na hora que eu vi aquilo, pensei que tinha alguma coisa errado, não é
uma cor comum para casamento. Ela não disse a ninguém, jamais revelou, nem pra
mim na confissão”, disse ele, que costuma descontrair na cerimônia diante da
ansiedade e tensão dos noivos.
“Eu ainda brinquei: ‘Poxa, nem parece que
vocês são corintianos, que povo desanimado’. Na hora que eu falei isso, ela me
me mostrou o emblema do Palmeiras. Então eu brinquei de novo: ‘Você vai ter que
procurar outro padre, porque com esse vestido eu não vou fazer o casamento,
não”, lembrou o padre Paulo, aos risos.
E se, em vez de palmeirense, fosse um
casamento corintiano? “Ah!, não resta dúvida, se fosse do Corinthians era outra
história”, finalizou, bem-humorado.
Fonte: Uol
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