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sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Greve da Uern...Governo do Estado deposita as esperanças em Cornélio Alves!

Audiência de conciliação entre o governo do Estado e os grevistas da UERN será realizada na manhã de hoje, no Tribunal de Justiça, com intermédio do desembargador Cornélio.
A secretária-chefe da Casa Civil do Governo do Estado, advogada Tatiana Mendes Cunha, admitiu que está depositando todas as esperanças, em relação à paralisação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), nas mãos do desembargador Cornélio Alves que vai conduzir a audiência de conciliação prevista para hoje, na capital.

Entrevistada pelo jornalista Diógenes Dantas no Jornal da 96 (96-FM/Natal), Tatiana Mendes Cunha reconheceu que tanto ela quanto o próprio governo estadual não conseguiram avanços no diálogo com a única instituição de ensino superior do interior do Rio Grande do Norte.

“A nossa expectativa é que o desembargador Cornélio Alves consiga conciliar o que eu não consegui até agora”, desabafou auxiliar soltando gargalhadas no ar. Reconhecendo a ineficiência do Governo do Estado nas negociações, a chefe da Casa Civil revelou que foram 16 tentativas de entendimentos – sem êxito – com os representantes do movimento.

Ela lembra que no ano passado, o movimento grevista da Uern celebrou um entendimento com a então governadora Rosalba Ciarlini (PP).

“Esse acordo eles esperavam que fosse cumprido no atual governo”, frisou. A chefe da Casa Civil destacou que ao assumir o comando do Poder Executivo norte-rio-grandense, o governador Robinson Faria (PSD) recebeu um relatório de gestão que apontou dificuldades para o Executivo em razão das contas estarem acima do Limite Prudencial. “Ao invés de concedermos reajustes, nós deveríamos cortar despesas”, explicou.

Tatiana Mendes Cunha reconheceu que a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte conseguiu cortar algumas de suas despesas e a instituição propôs que o valor economizado fosse revertido no reajuste à categoria. Ela informou que os reajustes são elevados para os cofres do Estado.

“Esses percentuais não poderiam ser atendidos de forma alguma, mas eles dizem que conseguiram economizar e nós não conseguimos constatar isso, ainda estamos trabalhando as análises contábeis”, disse. Ela revela que foi apresentado o percentual de 12,35% como forma de reajuste salarial. “Se eles conseguissem economizar R$ 20 em uma folha de R$ 100, seriam substituídos por reajuste salarial”, acrescentou Tatiana Mendes Cunha.

Ela lembra que ocorreu, no início da greve, uma reunião com a presença de representantes do Ministério Público. De acordo com a chefe da Casa Civil, desta reunião saiu a deliberação de que não poderia se conceder o reajuste, mas o Governo do Estado concederia indenizações sob a forma de auxílio. Ela argumenta que essa proposta não causaria impactos na folha de pagamentos. “As indenizações são consideradas custeio”, explicou Tatiana.

A auxiliar chefe da Casa Civil afirmou que nos últimos dias, as entidades ligadas à instituição foram contempladas com esta proposta que não foi acatada pela representação dos docentes da Universidade do Estado. “Em razão disso, nós judicializamos a greve e o governo aguarda que a justiça decida se o movimento é legal ou não”, finalizou Tatiana Mendes Cunha.

GAZETA DO OESTE

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