Quase 490 mil potiguares devem ser afetados com
saída dos profissionais caribenhos do Mais Médicos do estado, afirma comissão
do programa.
Oito cidades potiguares ficarão sem nenhum
médico, após a saída dos 142 profissionais cubanos que atuam no Mais Médicos no
Rio Grande do Norte. A informação é da coordenadora da comissão do programa no
estado. Além de perderem os serviços, os municípios também correm risco de
ficar sem repasses do governo federal para as ações de saúde. Ao todo, 489,9
mil potiguares serão afetados.
As cidades que devem ficar sem médicos são
Bodó, Taboleiro Grande, Timbaúba dos Batistas, Vila Flor, que têm um
profissional cada; além de Jardim de Angicos, Riacho de Santana, São Francisco
do Oeste e Itajá, que contam com dois médicos cubanos cada uma.
De acordo com assessoria de comunicação da
Secretaria Estadual de Saúde Pública, ao todo, 282 médicos estão em atividade
no RN através do Programa Mais Médicos. Destes, 142 são cubanos e atuam em 67
municípios do RN.
No caso das oito cidades citadas acima, os
cubanos são os únicos médicos. Com a saída deles, as equipes de enfermeiros,
técnicos e agentes devem permanecer atuando nas comunidades, mas poderão ser
desfeitas, caso as vagas de profissional médico não sejam preenchidas em até
quatro meses.
De acordo com Ivana Fernandes, que é
coordenadora da Comissão Estadual do Programa Mais Médicos no Rio Grande do
Norte, conforme as regras atuais, se as cidades ficarem inconsistidas (sem
médico) e não conseguirem contratar profissionais em até 90 dias, terão
recursos federais bloqueados.
Caso passem quatro meses sem médicos, as
cidades podem ser descredenciadas do programa Saúde da Família (onde os
profissionais cubanos do Mais Médicos atuam), prejudicando toda a estrutura,
como o pagamento do restante das equipes e causar a suspensão completa do
atendimento à população.
G1
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