Segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral,
oito prefeitos potiguares foram condenados por abuso de poder econômico nas
eleições de 2016
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do
Norte (TRE) efetivou a cassação de 11 prefeitos em 2018. A média é de um gestor
condenado por mês. Em razão das sentenças de perda de mandato, somente este ano
foram realizadas sete eleições suplementares para a substituição dos políticos
cassados.
O último caso foi o da prefeita da cidade Santa
Cruz, Fernanda da Costa Bezerra (MDB), que perdeu o mandato no dia 27. Além da
chefe do executivo municipal, a Justiça Eleitoral também cassou o mando do
vice, Ivanildo Ferreira Lima Filho (PSB), e de sete vereadores da cidade da
região agreste.
A prefeita e o vice foram condenados pela
prática de abuso de poder político com repercussão econômica nas eleições de
2016. Os dois gestores foram afastados das funções públicas, e o presidente da
Câmara Municipal assume provisoriamente a prefeitura até a realização de novas
eleições.
Segundo dados do TRE, oito prefeitos foram
condenados por abuso de poder econômico em 2018, sendo esta a maior causa da
perda de mandatos dos gestores. Em outros três casos, além do abuso econômico,
também se registrou a ação de captação ilícita de votos, como nos casos de São
José de Campestre, Galinhos e Parazinho.
Em Guamaré, um dos primeiros casos registrados
este ano, a condenação decorre da comprovação da afinidade familiar do prefeito
eleito em 2016, Hélio Willamy Miranda da Fonseca (MDB), cujo cunhado, Auricélio
Teixeira, o antecedeu na chefia do executivo, algo que é proibido pela Justiça
Eleitoral.
Ainda de acordo com o Tribunal Regional
Eleitoral, apenas em 2018, já foram realizadas oito eleições suplementares para
a substituição de prefeitos cassados (Paraú, João Câmara, Pedro Avelino, São
José de Campestre, Parazinho, Galinhos, Pendências e Água Nova). Além destes
pleitos, a Justiça Eleitoral vai realizar em dezembro, no próximo dia 9, o
processo de substituição do prefeito de Guamaré.
O valor gasto pela corte Eleitoral com as
eleições suplementares é alto. Somente nos casos de Água Nova e Pendências,
cujas eleições suplementares ocorreram no último dia 25 de novembro, os gastos
totais foram de R$ 280 mil.
agorarn.com.br
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