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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Falta de professores e o desinteresse dos alunos são os maiores vilões da educação no RN

Identificar os principais aspectos que garantem a qualidade das escolas das redes municipal e estadual do Rio Grande do Norte, assim como os principais problemas que comprometem um melhor desempenho das instituições de ensino localizadas na capital potiguar.
Esses são os principais objetivos da pesquisa que ouviu os gestores das escolas e foi realizada pelo Observatório da Educação do RN.

O estudo buscou dar sentido aos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), divulgados pelo INEP/MEC, ainda no ano de 2011, e mapeou as escolas estaduais e municipais do Rio Grande do Norte que atingiram médias a partir de 5,0 e as escolas estaduais e municipais, localizadas em Natal, com médias 3,0 e menos.

“Aprendermos com as escolas que alcançaram índices mais altos e também com aquelas com índices mais baixos é fundamental para a promoção de políticas públicas que fortaleçam todas as escolas. Sabermos o que os gestores identificam como pontos fortes e também os problemas que enfrentam, é valioso”, afirma a diretora executiva do IDE e coordenadora do estudo, Cláudia Santa Rosa.

A falta de professores e o desinteresse dos alunos são os dois principais problemas que comprometem os desempenhos das escolas, representando, respectivamente, 35,9% e 28,2%, de acordo com os gestores das escolas pesquisadas. A desmotivação dos professores (25,6%) e falta de acompanhamento dos pais (17,9%) também aparecem entre os principais motivos.

Considerando apenas Natal, segundo dados do último Ideb (2011), há 39 escolas de ensino fundamental, entre a rede estadual e municipal, com Índice 3,0 e menos. Em oito destas, essa média foi atingida nos anos iniciais (5º ano) e repetiu-se nos anos finais (9º ano) do ensino fundamental.

Por outro lado, em todo o Estado possui apenas 51 escolas de ensino fundamental da rede pública – estadual e municipal – com Ideb a partir de 5,0.

De acordo com a pesquisa aplicada nestas instituições, o principal fator que contribui para o bom desempenho escolar é a qualidade da equipe pedagógica, o que representou 68,3%, seguido pelo projeto político-pedagógico (29,4%) tido como relevante pelas escolas pesquisadas.

Os projetos de leitura e de produção textual (21,6%) desenvolvidos no ambiente escolar também foram classificados como determinantes para a melhoria na qualidade do Índice. O compromisso da instituição (19,6%) e a participação da família (15,7%) aparecem em quarto e quinto lugares entre os pontos fortes destacados pelos gestores das escolas.

É importante lembrar que o Ideb trabalha com uma escala de 0 a 10 e a meta do Brasil é que até o ano de 2022 a média das escolas seja superior a 6,0 compatível com países de primeiro mundo.

Quando o Ideb foi criado, em 2007, o Ministério da Educação traçou metas de desempenho bianuais para cada escola e cada rede de ensino. Entretanto, Cláudia Santa Rosa alerta que há muitas desigualdades. “No Rio Grande do Norte temos o caso de um município que a meta da sua educação para 2022 é 3,1 e isso é inaceitável. Por mais que o país atinja uma média 6,0 não estaremos com a questão resolvida enquanto escolas, isoladamente, tiverem médias módicas”.

Sobre o IDEB

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é um indicador geral da educação. Criado em 2007, ele é calculado a cada dois anos com base no desempenho dos alunos na Prova Brasil e na taxa de aprovação das escolas. O objetivo estabelecido pelo MEC quando criou o índice, foi de que todas as escolas devem contribuir para o Brasil atingir níveis educacionais de países desenvolvidos, até 2022.

Prova Brasil será aplicada até 21 de novembro

A Prova Brasil, composta por exames de leitura e matemática, será feita por, aproximadamente, 4,7 milhões de estudantes de todo país. Este ano participarão escolas com pelo menos 20 estudantes matriculados em turmas do quinto e do nono anos (4ª e 8ª séries) do ensino fundamental regular de escolas públicas das zonas urbana e rural. A última aplicação da Prova Brasil ocorreu em novembro de 2011, para 4,2 milhões de estudantes.
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