As investigações do MPRN apontam que Lardjane
Macedo, Wilka Sibele e Luelker Martins, conjuntamente com empresários, montaram
dentro da Prefeitura de Santana do Matos uma organização criminosa
A ex-prefeita de Santana do Matos, Lardjane
Ciríaco de Araújo Macedo, e dois auxiliares dela estão proibidos de manter
contato entre si e passam a ser monitorados por meio de tornozeleiras
eletrônicas após o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrar
na manhã desta quinta-feira, 12, a “Operação Carcará”, com objetivo de apurar
desvios de pelo menos R$ 339.902,90 da Prefeitura. A ex-gestora municipal, os
dois auxiliares dela, e 13 empresas e empresários tiveram os bens e contas
bancárias bloqueados e sequestrados.
Além de usarem tornozeleiras eletrônicas e
estarem proibidos de manterem contato entre si, a ex-prefeita Lardjane Ciríaco
de Araújo Macedo, a ex-chefe do setor de Protocolo da Prefeitura de Santana do
Matos Wilka Sibele de Souza Barbosa e o ex-coordenador de Transportes da
Prefeitura santanense Luelker Martins de Oliveira não podem ter acesso ou
frequentar “qualquer repartição pública municipal, dada a gravidade dos delitos
perpetrados, que constituem, em tese, delitos de corrupção intoleráveis”.
As investigações do MPRN apontam que Lardjane
Macedo, Wilka Sibele e Luelker Martins, conjuntamente com empresários, montaram
dentro da Prefeitura de Santana do Matos uma organização criminosa, cujo
propósito nítido era desviar recursos públicos, mediante devolução ilícita de
valores por empresas contratadas.
Lardjane Macedo, Wilka Sibele e Luelker Martins
são investigados por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Os
crimes são comprovados na investigação do MPRN por meio de dados bancários
obtidos após autorização judicial, diálogos telefônicos e depoimentos colhidos.
O esquema fraudulento funcionava de forma
simples dentro da Prefeitura de Santana do Matos: após receberam parcelas de
seus contratos junto ao Município, os empresários repassavam, em datas
coincidentemente próximas, parte dos valores recebidos para as contas bancárias
de Lardjane Macedo, Wilka Sibele e Luelker Martins. O marido da ex-prefeita e a
mãe dela também tiveram as contas bancárias usadas para o cometimento dos
crimes.
defato.com
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