Pesquisa da OCDE mostrou que o ganho médio
desse profissional não varia ao longo da carreira, ao contrário das outras
nações
A pesquisa TALIS, da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada nesta última quarta-feira
(19) revelou que os professores brasileiros são os que recebem os piores
salários em um universo de 48 países avaliados. O levantamento também mostrou
que, ao contrário de outros países, os profissionais de educação brasileiros
não têm diferença de salário ao longo da carreira.
Para comparar os salários de educadores das 48
nações, a OCDE converteu os ganhos de todos para dólares e fez o cálculo do
poder de compra de cada profissional em seu país.
“Para comparar o poder de compra do salário
estatutário dos professores entre os países, são usados dados sobre os salários
iniciais estatutários dos professores, expressos em termos de paridade de poder
de compra”, explica o relatório.
Segundo esse cálculo, os professores
brasileiros recebem um salário equivalente a US$13.971 ao ano – em torno de
US$1.164 por mês – sendo o país onde os educadores têm o menor poder de compra.
A Dinamarca é o local com os melhores salários, com US$42.841 anuais – o que
equivale a US$ 3.570 por mês – podendo chegar a até US$55.675 ao longo da
carreira.
A pesquisa mostra que os professores
brasileiros não apresentam ganho salarial ao longo dos anos trabalhados, algo
que só se repete na Estônia e na Letônia, ambos eram parte da União Soviética.
Nos demais países, ao longo dos anos os professores recebem aumentos salariais
como parte de planos de carreira.
Na Hungria, penúltimo colocado na lista, os
professores de ensino fundamental começam a carreira recebendo US$14.227
anuais, mas após 15 anos estão recebendo US$20.629 ao ano e podem chegar a US$
27.031 no topo da carreira.
O Globo
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