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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

'Negão da Serra' é condenado a 101 anos de prisão

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Os sete jurados do Conselho de Sentença do Tribunal do Júri Popular da Comarca de Mossoró condenaram ontem o réu Francisco Sales Fernandes, conhecido na região Oeste do Rio Grande do Norte como "Negão da Serra", a 101 anos de reclusão em regime fechado.

Ele foi condenado pela prática de cinco homicídios duplamente qualificados, crime ocorrido no dia 7 de novembro de 2001, que teve como vítimas o então prefeito de Caraúbas, o médico Aguinaldo Pereira da Silva, sua esposa Antônia Gurgel da Nóbrega Pereira, os policiais militares Ronaldo Rafael da Silva e Cláudio Pereira do Nascimento, que faziam a segurança do prefeito, e o caseiro Everlânio da Silva.

Durante o julgamento que durou aproximadamente cinco horas e que ocorreu no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró, o juiz de Direito Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros aplicou a dosimetria da penas para cada uma das cinco vítimas, separadamente.

Pela morte do prefeito Aguinaldo Pereira, o réu foi condenado a 21 anos; pelo assassinato de Antônia Gurgel, o réu pegou mais 20 anos; além de outros 20 anos pelo homicídio de Ronaldo Rafael; mais 20 anos pela morte de Cláudio Pereira; e outros 20 anos pelo crime contra Everlânio da Silva, totalizando 101 anos de reclusão.      

"Negão da Serra" é um dos poucos acusados do crime que continua vivo. Atualmente, ele cumpre pena no Presídio Aníbal Bruno, em Recife (PE).
Relembrando - O crime ocorreu no dia 7 de novembro de 2001, quando as vítimas viajavam de Caraúbas com destino a Mossoró. Já próximos da chegada, no Km 13 da RN 117, o Santana branco pertencente ao prefeito foi interceptado por uma camioneta Ranger, com seis homens fortemente armados, que abriram fogo contra o veículo das vítimas.

O policial Cláudio Pereira, que dirigia o carro, foi o primeiro a ser atingido. Ele perdeu o controle do carro e capotou várias vezes. Os bandidos, liderados por José Valdetário Benevides Carneiro, fuzilaram o veículo, matando os ocupantes.

As investigações policiais apontaram que, além de Valdetário, participaram da ação Francimar Fernandes Carneiro, o "Cimar Carneiro", Francisco Clécio do Nascimento, Emerson Carmona, José Maria Roque da Silva, o seu comparsa "Negão da Serra".

Valdetário e Cimar Carneiro teriam ficado dentro do veículo, enquanto Clécio, Emerson Carmona e Negão da Serra executavam as vítimas. As mortes resultaram de uma rixa antiga entre as famílias Carneiro e Simeão (à qual pertencia Aguinaldo Pereira). Um irmão do prefeito já havia sido assassinado pela quadrilha de Valdetário. Em abril de 2006, outro irmão de Aguinaldo, Elinaldo Simeão, foi executado. A mulher de Valdetário, Aguinalda Fernandes Benevides, "Neta", foi condenada pela autoria intelectual da morte de Elinaldo.

RÉU CONFESSO - "Negão da Serra" foi preso na praia de Búzios, em Natal, semanas depois da chacina. Em depoimento aos delegados que investigaram o caso, "Negão da Serra" confessou a participação no crime e deu detalhes de como tudo aconteceu. De acordo com ele, os bandidos ficaram aguardando a passagem do veículo do prefeito em um trecho à margem da RN-117. Um informante da quadrilha avisou ao grupo o momento em que Aguinaldo Pereira saiu de Caraúbas, onde havia participado de uma solenidade da Companhia Energética do RN (COSERN). O prefeito decidiu voltar a Mossoró para assistir o jogo da Seleção Brasileira de Futebol. Gazeta do Oeste

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