Antonio-Alberto Cortez, subsecretário de Pesca
do Estado, diz ainda que os fatores climáticos, como a seca e a consequente
estiagem, impediram que a pesca artesanal se desenvolvesse mais de 2015 para cá
Um total de 35 mil toneladas, sendo 20 mil de
peixes e 15 mil de camarões. Este deve ser o resultado das exportações de
pescados do Rio Grande do Norte neste ano até o fim deste mês. É o que estima o
subsecretário da Pesca no Estado, Antonio-Alberto Cortez, que se um lado
comemora o retorno da hegemonia do Estado nas exportações do Nordeste, por
outro lado lamenta a seca prolongada que prejudicou a pesca artesanal, com desaparecimento
de açudes e lagos.
Na pesca industrial ou oceânica, Cortez destaca
a implantação do Programa de Equalização Econômica do Preço do Óleo Diesel para
Embarcações Pesqueiras, que trouxe descontos de 17% no preço dos combustíveis.
Apesar de boa parte da frota oceânica não ter aderido ao programa, quem fez
parte dele está colhendo bons frutos e não pretende sair. “Outros países
oferecem subsídios ao setor pesqueiro e o Brasil agora está fazendo sua parte
para que possamos pescar em águas internacionais nas mesmas condições”, disse
Cortez.
Já na pesca artesanal, Cortez não nega que
ficou uma certa frustração – não por conta da falta de ações, e sim por causa
da seca – que causou o esvaziamento de rios, açudes e lagos. “Sem chuva é
difícil agilizar programas como o Aquicultura Familiar, mas ainda bem que desta
vez estes pescadores vão receber o seguro da previdência porque a situação não
é nem de queda de volume de água, e sim de seca mesmo”, explica Cortez.
Para contrabalançar estragos climáticos,
Antonio-Alberto Cortez revela que o melhor mesmo veio com a concessão e
agilização das licenças ambientais, que facilitou – para os produtores de bons
lençóis de água – o cultivo de diversas espécies, o que incluem as exóticas,
como o peixe panga, voltado para viveiros escavados. “Temos mais alternativas
para a produção, além da tilápia. Agora precisamos fazer um censo do setor de
pesca do Estado para termos números mais completos”, disse Cortez. A tilápia
rende uma produção de 4,5 mil toneladas por ano.
Ao todo a produção de peixes chegará – até o
fim deste ano – a 20 mil toneladas e isso inclui o salmão pescado em alto mar,
cuja produção é de três mil toneladas. Quanto à carcinicultura, Cortez não
escondeu a felicidade da produção ter atingido – ano passado – 15 mil
toneladas. Para este ano, Cortez acredita que o número será um pouco maior,
principalmente porque o vírus da mancha branca foi contido e muitos produtores
apresentaram inovações tecnológicas.
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