Médico Cipriano Maia planeja aperfeiçoar os
processos de regulação e os contratos terceirizados; Promete ainda
atuar no fortalecimento da interiorização da saúde
Terceiro nome a compor a lista de auxiliares da
futura governadora Fátima Bezerra, o médico Cipriano Maia de Vasconcelos pretende
trabalhar duro para tirar a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) de
uma situação que denomina catastrófica.
Para ele, que também é mestre em Ciências
Sociais pela UFRN e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP), não são poucos os desafios que enfrentará à frente da
pasta. A prioridade será melhorar a qualidade dos serviços que estão sob
gerência do estado, principalmente nos hospitais, onde as filas para cirurgias
eletivas estão represadas há muito tempo.
O futuro secretário também pretende melhorar e
fortalecer a vigilância em saúde para avaliar, monitorar e implementar medidas.
“A gestão do SUS não tem somente caráter assistencial, mas de políticas que
promovam a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Diante disso, queremos
intensificar um programa intersetorial de governo que venha a influenciar
hábitos mais saudáveis, como atividades físicas e alimentação adequada. Para
isso, precisamos dos municípios como parceiros”.
Com experiência em Políticas de Saúde, Gestão
em Saúde, Sistema Único de Saúde (SUS), Gestão Municipal de Saúde e Hospitais
Universitários, Cipriano também pretende reconfigurar o papel da Sesap no
sentido de aperfeiçoar os processos de regulação e contratualização com os
terceirizados para que o cidadão tenha mais acesso aos serviços prestados. “É
com essa lógica que pretendemos trabalhar na gestão do SUS, melhorando a
eficiência e eficácia na utilização dos recursos”.
Além dos gargalos essenciais, Cipriano ainda
revela outra preocupação que é a situação financeira-orçamentária, no qual
considera ‘catastrófica’. Segundo ele, além da crise fiscal que o Estado
atravessa, a futura gestão assumirá um déficit orçamentário de quase R$ 2
bilhões. “Isso repercute na pasta da saúde, que depende da contratação de
pessoal e aporte de receitas próprias. O próximo governo vai herdar esse
passivo e terá que repor os recursos, mesmo com a redução dos repasses
federais”, observou.
Outra diretriz da próxima gestão na Sesap será
o fortalecimento da regionalização da saúde e criar agências regionais que
possam operar as ações e serviços que estão na responsabilidade dos municípios.
“Iremos buscar a criação de consórcios regionais que possam fazer a gestão
desses serviços com financiamento tripartido (União, Estado e municípios). A
partir daí estaremos potencializando os recursos e trabalhando uma melhor
economicidade do gasto e racionalização da gestão”.
Recentemente, Cipriano esteve no Ceará
conhecendo a gestão bem sucedida do governo nas policlínicas regionais. Ele
pretende seguir o modelo do estado vizinho em busca de uma melhor
resolutividade na média complexidade, tanto na função ambulatorial, como no
apoio de diagnósticos e exames. “Essa será uma perspectiva de trabalho do
governo nos dois primeiros anos de administração”.
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