Aqui nessa casa eu tive de ouvir até que sou
analfabeto”, afirmou o presidente.
O vereador Marcos Antônio de Néo afirmou na
sessão desta última terça-feira, 18, que durante seu mandato como presidente da
Câmara Municipal de Umarizal sofreu discriminação por conta do seu grau de
escolaridade e por conta da sua cor de pele.
“Fui discriminado várias vezes nessa casa
devido ao conteúdo da minha linguagem. Aqui nessa casa eu tive de ouvir até que
sou analfabeto”, afirmou o presidente. “Problemas de discriminação que eu tive
aqui também por conta da minha cor”, acrescentou Marcos sem citar nomes.
O parlamentar disse que ano que vem pretende
fazer faculdade. Ele disse ainda acreditar que no ensino superior não sofrerá
das mesmas discriminações que lidou na Câmara.
“Vou cursar faculdade de Engenharia Civil pra
mostrar para aqueles que dizem que sou analfabeto. Tenho certeza que quando eu
for cursar essa faculdade, lá eu não serei discriminado por conta da minha
cor”, asseverou o vereador.
Marcos disse que durante sua presidência buscou
agradar a todos os vereadores. Ele também disse que não acreditava que poderia
se tornar chefe do legislativo. “Reconheço que diante dos senhores vereadores
eu era pequeno pra assumir esse cargo. Ele poderia ser pra qualquer um, mas não
para Marcos. Vários não ficaram satisfeitos de eu ser presidente por eu ser
humilde, porque sou de família pobre, por ser da rua nova. Talvez por isso a
rua nova me elegeu”, ponderou.
Apesar do desabafo, Marcos disse que deixa a
presidência após a eleição marcada para o próximo dia 26 de dezembro com a
sensação de dever cumprido. “Agradeço a tudo. Eu estou muito satisfeito. Tenho
muito é que agradecer e agradecer todos os dias pela oportunidade que os
senhores me deram”, finalizou.
oumarizalense.com.br
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