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quinta-feira, 11 de abril de 2019

Volta...Publicitário que passou dez anos preso e sobreviveu ao 'massacre de Alcaçuz' distribui livros em cadeias do RN!

'A Escolha Errada' é a primeira de cinco obras escritas por Newton Albuquerque atrás das grades. Objetivo é distribuir 1.000 livros em presídios do Rio Grande do Norte
O publicitário paulista que passou os últimos 10 anos de sua vida preso por tráfico de drogas no Rio Grande do Norte está voltando para a cadeia. Desta vez, porém, é para compartilhar memórias. Newton Albuquerque Gomes de Andrade, autor de "A Escolha Errada", visitou na manhã desta quinta-feira (11) o Centro de Detenção Provisória de Parnamirim, na Grande Natal, e distribui exemplares de sua obra com os detentos da unidade. A meta é distribuir 1.000 livros em presídios do estado.

"O título do livro é autoexplicativo. Além de narrar como fui parar na cadeia, tem um capítulo especial no qual eu conto o que vi e senti durante o massacre de Alcaçuz", disse Newton, ao se referir ao episódio mais sangrento da história do sistema penitenciário potiguar. Ocorrida em janeiro de 2017, a matança terminou com 26 detentos assassinados em meio a uma rebelião envolvendo duas facções criminosas rivais.

Newton tem 43 anos. Ele foi preso em outubro de 2008 em Genipabu, uma das mais belas praias do Rio Grande do Norte. Era a quinta viagem que ele fazia transportando drogas de São Paulo para o Nordeste. Na ocasião, foi flagrado com 200 quilos de crack e outros 100 quilos de cocaína.

Após ser condenado, passou 1 ano na Penitenciária Federal de Mossoró e outros 9 em Alcaçuz, de onde saiu para o regime semiaberto em agosto do ano passado.

A Escolha Errada
A Escolha Errada, que foi lançada em janeiro, está em sua terceira edição. Foi a primeira publicação de cinco obras que o publicitário escreveu atrás das grades. O livro foi produzido pela Editora Unilivreira, custa R$ 40 e tem 261 páginas com 24 capítulos. 'O massacre sangrento de Alcaçuz' é o primeiro deles.

Também aguardam publicação 'O Pequeno Gênio', 'Anjos do Parque', 'Playboys do Crime' e 'Quatro Estações'. Todos foram escritos à mão. Depois, as obras foram digitadas em um notebook. O computador portátil, que não tinha acesso à internet, foi presente.

G1

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