Repasses do Fundo de Participação dos
Municípios para Guamaré, Ceará-Mirim e Grossos devem ser 'sequestrados' pela
Justiça.
A Divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça
determinou o bloqueio de cerca de R$ 1,1 milhão das contas de três municípios
potiguares para o pagamento de credores. De acordo com a Justiça, as
prefeituras não realizaram às transferências que foram acordadas para quitar
débitos com pessoas ou organizações que venceram ações contra os municípios na
Justiça.
Os recurso bloqueado é do Fundo de Participação
dos Municípios (FPM) e atinge as cidades de Ceará-Mirim, Guamaré e Grossos.
Grossos terá o maior valor sequestrado pela
Justiça - são R$ 886.738,89. Ceará-Mirim deve cerca de R$ 190.257,18 e Grossos,
R$ 76.869,48.
De acordo com a Divisão de Precatórios do TJRN,
Ceará-Mirim, que é do Regime Especial, estava em atraso com os repasses
relativos aos meses de janeiro a março deste ano. Diante do inadimplemento, o
juiz responsável pelo setor, Bruno Lacerda, estipulou o prazo de dez dias para
regularizar a situação ou apresentar um plano de pagamento.
"Como o inadimplemento não foi suprido,
foi determinado o sequestro do valor", informou o Judiciário.
Já Guamaré teve requerimento de pagamento feito
pelo credor do Precatório nº 628/2017, vencido em 31 de dezembro de 2018. A
justiça concedeu prazo de 30 dias para que o município pagasse o débito, mas
como o prazo venceu, houve o bloqueio direto da conta.
"Nesse caso de Guamaré, o requerimento foi
feito pelo segundo credor da ordem cronológica e, por isso, tanto ele quando o
primeiro da lista receberão seus créditos. Com isso, o saldo da conta do
município será abatido dos valores pagos a esses dois credores", disse o
TJ.
Por fim, a inadimplência do município de
Grossos vem desde dezembro de 2018, passando pelos meses de janeiro a março de
2019 com atraso. Em janeiro passado, o juiz Bruno Lacerda ordenou o bloqueio,
via Secretaria do Tesouro Nacional. Entretanto, ainda sem pagamento, o
magistrado reiterou a ordem, desta vez através do Bacen-Jud.vem ser
'sequestrados' pela Justiça.
G1
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