Para os servidores da ativa, retroativo a
janeiro de 2019 será pago em três parcelas: a primeira em abril; a segunda, em
maio; e a terceira, em junho
Professores da rede estadual de ensino chegaram
a um acordo com o Governo do Rio Grande do Norte, e os servidores da ativa
devem receber já na folha de abril um reajuste de 4,17% no piso salarial. A
categoria se reuniu em assembleia na manhã desta quarta-feira, 20, na Escola
Estadual Winston Churchill, em Natal, e aprovou a última de três propostas
apresentadas pela gestão estadual.
Segundo a proposta, que agora terá de ser
encaminhada para aprovação da Assembleia Legislativa, todos os profissionais da
educação que estão na ativa receberão o aumento a partir da folha de abril. O
retroativo a janeiro será pago em três parcelas: a primeira em abril; a
segunda, em maio; e a terceira, em junho.
Aposentados e pensionistas terão a alta de
4,17% em seus benefícios apenas a partir de maio. A diferença do aumento em
relação a janeiro, segundo a proposta, será paga em junho. E o retroativo a
fevereiro, março e abril seria depositado para os inativos em seis parcelas:
nos meses de julho a dezembro.
Coordenador geral do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte), o professor
José Teixeira disse que a proposta aprovada na assembleia desta quarta-feira
“não é a dos sonhos”. “Mas, diante da exposição do governo e das dificuldades
de receita que são colocadas, acolhemos a proposta”, ponderou.
O aumento do piso salarial dos professores foi
definido pelo Ministério da Educação no final do ano passado. Com o reajuste de
4,17%, o valor nominal deverá ser de R$ 2.557,73. Governos estaduais e prefeituras
são obrigadas, por lei, a pagar este valor para os seus professores desde
janeiro, mas, por insuficiência orçamentária, apenas agora o governo potiguar
chegou a um acordo com os seus servidores.
SALÁRIOS ATRASADOS
Os professores da ativa são pagos com recursos
do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), enviados pelo
governo federal. Por causa disso, no Rio Grande do Norte, a categoria é uma das
poucas que está com os salários em dia.
Os aposentados e pensionistas, entretanto, são
pagos com recursos estaduais. Uma parte desses professores ainda não recebeu os
benefícios de novembro de 2017 e novembro de 2018. Além disso, nenhum dos
inativos recebeu o 13º benefício do ano passado.
O Governo do Estado, sob a gestão da
governadora Fátima Bezerra desde o início deste ano, alega falta de recursos
para não efetuar esses pagamentos.
A administração estadual aguarda receitas
extraordinárias para quitar o passivo herdado. Uma das iniciativas neste
sentido é uma operação de crédito que o governo persegue para antecipar
receitas de royalties que só deveriam ser creditadas para o Estado, mês a mês,
até o fim de 2022. Com a operação, a gestão espera receber pelo menos R$ 315
milhões. As informações são do Agora RN.
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