Pelo
menos, dentre todos os candidatos a estadual, o que mais recebeu foi Hermano
Morais, do próprio PMDB. Ex-candidato a prefeito de Natal pelo partido e atual
presidente do Diretório Municipal peemedebista, Hermano recebeu R$ 820 mil da
sigla. O valor é quase o dobro do que recebeu Ezequiel Ferreira, segundo do
partido a ser mais “ajudado” pelo Diretório Estadual, com R$ 470 mil.
O
curioso dessa situação é que Ezequiel, Gustavo Fernandes, Nélter Queiroz e
Álvaro Dias, todos do PMDB, receberam menos do próprio partido que o candidato
a estadual de outra sigla: Kelps Lima, do Solidariedade. O parlamentar, que
preside a recém-criada SDD no Rio Grande do Norte, foi um dos últimos a
formalizar o apoio a Henrique, mas recebeu R$ 600 mil do líder peemedebista.
MUDANÇA
DE LADO
Dentre
os candidatos a deputado estadual apoiados financeiramente pelo PMDB,
destacam-se outros dois nomes: José Adécio (DEM) e Gustavo Carvalho (PROS). O
primeiro recebeu R$ 230 mil do Diretório presidido por Henrique, enquanto
Carvalho obteve R$ 200 mil. Mesmo assim, ressalta-se, os dois “mudaram de lado”
no segundo turno e passaram a apoiar a candidatura de Robinson Faria (PSD) –
que acabou ganhando a disputa pelo Governo do RN e derrotando Henrique.
A
insatisfação de José Adécio, pelo menos, se justifica. Apesar de ser deputado
estadual, na época, ele recebeu menos do PMDB que outros colegas democratas.
Getúlio Rêgo, por exemplo, teve R$ 400 mil do partido de Henrique e Carlson
Gomes, que era ex-presidente do IPERN e nem conseguiu se eleger, teve um
financiamento de, também, R$ 400 mil.
A
situação de Gustavo Carvalho já é diferente. Tendo recebido R$ 200 mil do PMDB,
ele teve a mesma quantia dada aos demais candidatos do PROS, como Vivaldo
Costa, Albert Dickson e Raimundo Fernandes. Gustavo, inclusive, recebeu mais
dinheiro de Henrique que o atual presidente da Assembleia, o deputado Ricardo
Motta, que foi eleito o mais votado na disputa (com 80 mil votos), mas teve
apenas R$ 150 mil de ajuda peemedebista.
FEDERAL
Para
deputado federal, todos os eleitos da coligação tiveram ajuda do Diretório
Estadual do PMDB. Alguns, como o peemedebista Walter Alves, tiveram “muita
ajuda”, ressalta-se. O filho de Garibaldi Filho recebeu quase R$ 1,8 milhão da
sigla, enquanto Fafá Rosado, ex-prefeita de Mossoró e também candidata do PMDB
a Câmara Federal, recebeu um apoio financeiro de, “apenas”, R$ 800 mil.
A
deputada federal do PSB, Sandra Rosado, que nem conseguiu se reeleger para a
Câmara Federal, teve um apoio de R$ 600 mil. Rogério Marinho, eleito federal
pelo PSDB, conseguiu R$ 350 mil do Diretório peemedebista.
JH
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