Quase uma semana se passou desde que a governadora
Rosalba Ciarlini perdeu formalmente o apoio de diversas entidades da sociedade
civil que haviam aplaudido em cima da hora a decretação de calamidade pública
com que ela admitiu e mostrou ao mundo que sob sua gestão o Rio Grande do Norte
havia destroçado seu estamento de saúde pública.
Desde então, a chefe do executivo potiguar fez lero
lero em relação à mineração, subiu a palanques eleitorais, recebeu vaias em
Currais Novos e dedicou-se a outras operações diversionistas, e nada disse a
respeito.
O descaso à perda do apoio da Ordem dos Advogados
(OAB), conselhos regionais de Medicina e de Enfermagem, ministério público e
Tribunal de Contas do Estado pela Governadora coincide com o descaso que a
gestão da pediatra Rosalba confere à área. As únicas atitudes concretas que ela
adotou neste campo, desde sua posse, em janeiro de 2.011, foi a dação do
Hospital da Mulher de Mossoró a uma pseudo-associação civil de interesse
público e exonerar um médico e administrador público sério como o urologista
Domício Arruda Câmara, a cuja atuação nunca dispensara o mínimo apoio, somente
para agradar à Rede Globo de Televisão.
Governo de factóides, o de Rosalba continua a ser,
ao menos neste campo, uma verdadeira caixa-preta, que recebe muitos recursos do
Sistema Único de Saúde (SUS) e não os transforma em resultados. Talvez a
situação mude algum dia se, como sugere a promotora Iara Pinheiro, responsável
pela defesa da saúde pública no âmbito do ministério público estadual, o
"parquet" a encostar nas barras da justiça para explicar a que veio e
se o Conselho Regional de Medicina, considerando este desgoverno uma péssima
atuação de profissional da área, enquadrar Rosalba Ciarlini no código de ética
da profissão.
Roberto Guedes
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