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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Rosalba só ministrou factóides à saúde

Quase uma semana se passou desde que a governadora Rosalba Ciarlini perdeu formalmente o apoio de diversas entidades da sociedade civil que haviam aplaudido em cima da hora a decretação de calamidade pública com que ela admitiu e mostrou ao mundo que sob sua gestão o Rio Grande do Norte havia destroçado seu estamento de saúde pública.

Desde então, a chefe do executivo potiguar fez lero lero em relação à mineração, subiu a palanques eleitorais, recebeu vaias em Currais Novos e dedicou-se a outras operações diversionistas, e nada disse a respeito.


O descaso à perda do apoio da Ordem dos Advogados (OAB), conselhos regionais de Medicina e de Enfermagem, ministério público e Tribunal de Contas do Estado pela Governadora coincide com o descaso que a gestão da pediatra Rosalba confere à área. As únicas atitudes concretas que ela adotou neste campo, desde sua posse, em janeiro de 2.011, foi a dação do Hospital da Mulher de Mossoró a uma pseudo-associação civil de interesse público e exonerar um médico e administrador público sério como o urologista Domício Arruda Câmara, a cuja atuação nunca dispensara o mínimo apoio, somente para agradar à Rede Globo de Televisão.

Governo de factóides, o de Rosalba continua a ser, ao menos neste campo, uma verdadeira caixa-preta, que recebe muitos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e não os transforma em resultados. Talvez a situação mude algum dia se, como sugere a promotora Iara Pinheiro, responsável pela defesa da saúde pública no âmbito do ministério público estadual, o "parquet" a encostar nas barras da justiça para explicar a que veio e se o Conselho Regional de Medicina, considerando este desgoverno uma péssima atuação de profissional da área, enquadrar Rosalba Ciarlini no código de ética da profissão.

Roberto Guedes

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