A vacina está sendo testada no Brasil, e segundo
o grupo farmacêutico Astrazeneca, sua eficácia real é esperada para os meses de
outubro e/ou novembro
A vacina contra o covid-19, desenvolvida pela
Universidade de Oxford, na Inglaterra, com testes no Brasil, poderá ficar
disponível à população ainda este ano. A afirmação foi feita por Maria Augusta
Bernardini, diretora-médica do grupo farmacêutico Astrazeneca. O grupo
anglo-sueco participa das pesquisas da universidade inglesa em parceria com
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Esperamos ter dados preliminares quanto a
eficácia real já disponíveis em torno de outubro, novembro”, disse Bernardini.
Segundo ela, apesar de os voluntários serem acompanhados por um ano, existe a
possibilidade de distribuir a vacina à população antes desse período.
“Vamos sim analisar, em conjunto com as
entidades regulatórias mundiais, se podemos ter uma autorização de registro em
caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa
disponibilizar à população antes de ter uma finalização completa dos estudos”,
acrescentou, destacando que os prazos podem mudar de acordo com a evolução dos
estudos.
Segundo ela, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) tem se mostrado disposta a colaborar. A vacina está
atualmente na fase três de testes. Isso significa, de acordo a Unifesp, que a
vacina se encontra entre os estágios mais avançados de desenvolvimento. O
Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina
desenvolvida pela Universidade de Oxford e um dos motivos que levaram à escolha
foi o fato de a pandemia estar em ascensão no país.
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